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Viva o Betão

A eleição de Bruno Moraes (5.898 votos), o mais votado em Rio Branco, mostra a força das empresas terceirizadas no Acre. Hoje, são os maiores empregadores do estado após o serviço público. Não é de se admirar a votação que teve. Mas é bom não esquecer o esforço da família Pinheiro, comandada pelo empresário Betão, que segurou toda estrutura financeira para garantir este mandato. Bruno Moraes poderia sair gritando bem alto: “viva o Betão; vida longa pro Betão”


As novas caras do PP
Bruno Morais, Aiache, Felipe Tchê, Elzinha Mendonça, Lucilene da Droga Vale. Com exceção de Samir Bestene, dizem que os novos vereadores do PP, eleitos por fortes apadrinhamentos, sequer sabem o endereço do partido em Rio Branco. Em outras palavras, não há alinhamento automático com o Palácio Rio Branco. De fato, a retórica da maioria destoa da atual realidade.


Líderes
Não há dúvidas, depois de Flaviano Melo nos anos 80 e 90 e, Jorge Viana nos tempos áureos do PT – 2000 a 2018 -, Gladson é a maior liderança política do Acre.


Céu de brigadeiro
O Senador Marcio Bittar pode até tentar tirar proveito da eleição de Bocalom no primeiro turno, mas não tem só o seu “dedo”, como quer deixar transparecer. A fatura foi liquidada pelo empenho, logística e carisma de Gladson. O atual governador não só pavimentou sua caminhada política rumo a 2026, como iluminou, estruturou e navega em céu de brigadeiro. Das 18 prefeituras que o partido concorreu “puro sangue”, venceu 12. Do total de prefeituras que apoiou, conseguiu êxito em 14. “Os adversários foram tratorados.”


Vale a pena ver de novo
O último reduto petista no Acre foi derrotado pela máquina do Palácio Rio Branco. Em uma das eleições mais acirradas do estado, em Xapuri, terra de Chico Mendes, a história se repetiu com final infeliz para o PT após 20 anos. Em 2004, Raimundo de Barros (o Raimundão) perdeu a eleição para o folclórico Wanderley Viana por 153 votos de diferença. Agora, o professor Erivelton Soares perdeu para Maxsuel Maia por 152 votos. As orações do padre vice do candidato Erivelton foram pouco convincentes aos eleitores…


Meia-tigela
Ainda em Xapuri, a grande surpresa foi a votação bem abaixo do esperado do ex-deputado de meia-tigela, Antônio Pedro. Dizem que a rejeição à sua candidatura é resultado do temperamento difícil de seu filho mais velho, que é quem conduz a vida política do pai.


Pegou mal
Não foi bacana o discurso do deputado Manoel Moraes na vitória de seu pupilo em Xapuri. Uma grande liderança política se conhece pelo reconhecimento nas derrotas e pelo equilíbrio nas vitórias. Problema é que, visivelmente, o Manelão tomou “água” gelada mais do que deveria antes de discursar. Deveria ter deixado a manguaça para depois da fala.


O bom baiano é bom mesmo
O candidato Bocalom fez a sua parte, ao seu modo, com tom certo da campanha, comandada pelo marqueteiro Zé Américo, o bom baiano que criou a estratégia da vitória.


Sentiu o golpe
Quem assistiu a transmissão, muito competente – modéstia à parte -, do ac24horas percebeu que Marcus Alexandre já sabia que tinha perdido a eleição. A declaração aos jornalistas quando foi votar: “Combati o bom combate, guardei a fé”, não é e nunca foi declaração de alguém que acreditava que pudesse vencer.



Enfraquecido
O senador Sérgio Petecão (PSD-AC) é um dos mais prejudicados com o resultado das urnas nas eleições municipais. Para apoiar Marcus Alexandre, brigou até com a irmã, perdeu seu braço direito, o professor Coêlho, não elegeu o Montana vereador e nenhum prefeito. Vai ter que se reinventar, se quiser concorrer a cargo majoritário em 2026.


Alan Rick
O senador Alan Rick (UB), que em determinados momentos ficou, literalmente, em cima do muro nestas eleições, com todo o seu favoritismo para a corrida ao Palácio Rio Branco em 2026, vai precisar rever algumas estratégias políticas pós resultado das urnas.


Pode isso, Pedro!
Acompanhantes de pacientes da Fundação Hospitalar do Acre enviaram foto à coluna, mostrando o cardápio servido nesse domingo, dia 6, composto por arroz e farofa, uma saladinha de alface e ovos fritos mexido como mistura. “Nada contra, mas, esperávamos algo melhor para um domingo. Os alimentos servidos são inadequados para uma dieta balanceada, especialmente para pessoas em recuperação de saúde”, disse o internauta que preferiu o anonimato.


Panorama
Autoridades do Saerb, Ufac, Sema precisam se pronunciar sobre a mortandade de peixes no Rio Acre na altura do Panorama. As cenas são graves.


Omissa
A comunidade acadêmica da Ufac pode bater nos peitos e dizer, sem vacilo: “2024 foi o ano que nós fomos mais omissos no processo político regional”. Pode dizer com boca cheia.


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