Na eleição deste domingo, vamos às urnas em mais um capítulo da nossa jornada democrática. Não é apenas um dever cívico, mas uma decisão coletiva que vai moldando nossas cidades e definindo nossa vida comunitária. Votar, especialmente em eleições municipais, é a chance de influenciar diretamente o rumo da cidade, escolhendo quem tomará as decisões que afetam nossa vida diária.
Por isso, o voto deve ser tratado com seriedade e dedicação. Jamais negociado como uma mercadoria qualquer, barata, que se vende a míseros cinquenta reais ou alguns litros de gasolina. A decisão sobre quem irá cuidar das escolas de nossos filhos ou da saúde de todos não é uma decisão qualquer.
Precisamos de prefeitos comprometidos com a qualidade de nossas cidades, o que pode ser traduzido em ruas e praças decentes, parques urbanos e áreas verdes que amenizem o calor desses tempos de transição climática. Qualidade, nesse caso, é também apoio à produção, mercados públicos dignos e inovação econômica capaz de inserir as novas juventudes no mundo do trabalho. Sem falar de creches e escolas para as nossas crianças, além de um atendimento em saúde que realmente contribua para o bem-estar da população, e não esse jogo de faz de conta em que se transformou a atenção primária em nossos municípios. Os próximos prefeitos, em todo o Acre, precisam ser pessoas com sensibilidade e coragem para enfrentar a dura realidade de nossas comunidades, em sua maioria, de baixa escolaridade, empregos ruins e infraestrutura precária.
Além das imensas demandas sociais, nossas cidades carecem de uma gestão urbana moderna e planejada. Não é possível continuar com cidades sem plano e sem rumo. Os próximos prefeitos precisam planejar o crescimento urbano com inteligência e alguma dose de ousadia. Saneamento básico, espaços públicos de convivência, mobilidade, habitação, produção rural e, claro, o meio ambiente são outros temas imprescindíveis.
É hora de darmos um basta à política eleitoreira de quem, após anos de inércia, apressa obras no último ano de mandato para impressionar eleitores desatentos.
Neste dia de eleição, ao nos posicionarmos diante da urna, devemos lembrar que o voto é a maior arma da cidadania contra a incompetência e o descaso. É a oportunidade de escolher um futuro que reflita os desafios de tempos tão complexos.