O Boa Conversa, programa que resume a semana política no Acre, transmitido toda sexta-feira pelo ac24horas, abordou hoje (4) as eleições municipais do próximo domingo, 6. Faltando dois dias para o pleito municipal, os jornalistas Marcos Venicios, Astério Moreira e Luis Carlos Moreira Jorge traçaram um panorama do último debate entre os cândidos em Rio Branco, realizado pela TV Acre na noite de ontem (3), e uma análise da campanha.
De forma unânime, os analistas destacaram que o último debate foi “enfadonho”. “Parecia mais uma reunião para a escolha do Papa, foi enfadonho, fraco, as deficiências do prefeito Tião Bocalom não foram exploradas”, disse Moreira Jorge.
O perfil menos agressivo de Marcus Alexandre foi avaliado como um ponto negativo de sua campanha. “Não é do perfil do Marcus esse tom mais agressivo, por mais que seja necessário neste momento, ninguém vai vê-lo partindo para o ataque de forma agressiva”, disse Astério.
Luis Carlos usou a ironia sobre o comportamento do candidato do MDB e voltou a reafirmar que o uso da máquina pública tem sido um diferencial nestas eleições na capital acreana. “O Marcus deveria disputar a eleição para Dalai Lama de um monge budista, pareceu a Madre Tereza de Calcutá durante a campanha e não explorou a fraca administração do Bocalom. Ficou achando que o Gladson não entraria na campanha e se equivocou, eu nunca vi um governo entrar tanto em uma campanha como foi este ano”, destacou.
O tema do assédio eleitoral também foi discutido ao repercutir as declarações da procuradora do Ministério Público do Trabalho, Marielle Viana, que disse ao ac24horas que o Acre está voltando a era do “voto de cabresto”. “A gente verifica que há muito burburinho, mas essas denúncias não são formalizadas. A procuradora, inclusive, pediu que as pessoas fizessem essas denúncias”, disse Marcos Venícios.
Astério lembrou que as denúncias de compras de votos não se encerram no dia das eleições. “Vale lembrar que a gente já viu, aqui no Acre, deputado federal perder mandato, políticos serem cassados após as eleições. Importante que esta turma que está praticando esse tipo de crime entenda que pode ter consequências futuras”, afirmou.
O programa repercutiu ainda as pesquisas divulgadas nos últimos dias em vários municípios do interior, lembrando que nestas localidades, há de se levar em conta o fato da força eleitoral da zona rural, que não é aferida pelas pesquisas de intenção de voto.
Outra repercussão foi dos dois episódios que envolveram a campanha do prefeito Tião Bocalom. Uma invasão à casa do dirigente do PP, Lívio Veras, e uma ação de vandalismo na porta do da sede do PL foram creditadas a insatisfação de militantes contratados para a campanha de reeleição do prefeito e que não teriam ainda recebido pelo trabalho. O fato foi negado, mas no programa foi lembrado que no debate de ontem a noite não houve a presença significante de militantes como ocorreu em outros debates.
ASSISTA AO VÍDEO: