“Todos os prefeitos de Rio Branco fizeram empréstimo; há muito recurso próprio nas obras”, diz Arlenilson Cunha ao Bar do Vaz
O deputado estadual Arlenilson Cunha (PL) foi o convidado do Bar do Vaz nesta quinta-feira, 19. Policial Penal e ex-presidente do Instituto de Administração Penitenciária do Acre (IAPEN), está em seu primeiro mandato como parlamentar.
O bate-papo começou com uma avaliação da atual situação do IAPEN. Cunha, que administrou o sistema por mais de dois anos, afirmou que houve avanços, mas voltou a reiterar críticas ao governador Gladson Cameli por escolher um Delegado da Polícia Civil para a presidência do órgão. Atualmente, o delegado Marcos Frank é o presidente do IAPEN.
“Tivemos muitos avanços, o Acre, inclusive, foi pioneiro na criação da Polícia Penal. O que acontece é que desde 2019 sempre foi um Policial Penal que administrou o IAPEN. Nada contra o delegado de forma pessoal, mas meu posicionamento como parlamentar e representante da categoria é contrário. Existem delegacias precisando de um delegado competente. Respeito o delegado enquanto profissional, mas entre os mais de mil policiais penais tem gente qualificada para a função”, destacou o deputado.
Em relação aos constantes casos de entrada de drogas e celulares no presídio, o parlamentar afirmou que os profissionais que trilham pelo apoio ao crime, estão sendo punidos e negou que os detentos que chegam ao presídio sejam “obrigados” a escolher uma facção. Atualmente, o Acre conta com quase oito mil apenados, sendo mais de dois mil fazendo uso de tornozeleira eletrônica.
“O primeiro ponto é que temos uma estrutura que não é adequada. Infelizmente, existem profissionais que colaboram com o errado, mas os policiais penais honrados fazem questão de punir quem vai pelo outro caminho. O sistema sempre vai ter falhas. Sobre escolher a obrigatoriedade de escolher uma facção não é verdade. Claro que assim como aqui fora, lá dentro o preso vai ser cooptado por uma facção, mas existem unidades como a de Senador Guiomard, onde abriga quem não deseja fazer parte de uma organização criminosa”, destacou.
A segunda parte do programa foi dedicada ao período eleitoral. Arlenilson é hoje a principal voz de defesa do prefeito Bocalom na Aleac, onde é o líder do PL no parlamento.
Ao jornalista Roberto Vaz, o deputado defendeu o projeto 1.001 Dignidades, apesar de admitir o atraso nas obras. “Defendi não só por ser líder, mas por conhecer o prefeito, o trabalho está sendo feito. Houve um atraso de fato, mas as madeiras são boas, são madeiras que seriam incineradas. Toda terraplanagem está sendo feita e o projeto vai acontecer”, explicou.
O deputado também se posicionou sobre a polêmica recente da educação municipal por conta do vencimento do contrato de mais de 500 profissionais que atuam nas escolas e creches. O parlamentar garantiu que os contratos serão mantidos até o fim do ano letivo. “Esses contratos encerrariam dentro do prazo eleitoral e o prefeito queria ter a manifestação do TRE, que disse que era a prerrogativa da administração. Os servidores serão mantidos até o final do ano letivo, até porque a maioria são alunos com Transtorno do Espectro Autista”, afirmou.
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