A apresentadora Ana Clara usou as redes sociais para fazer um desabafo sobre seu diagnóstico de psoríase. Acometida pela condição autoimune, ela contou que já teve a autoestima afetada pelas lesões em sua pele.
“Descobri há uns três anos que eu tenho psoríase. Para quem não sabe, é uma doença autoimune de pele. E há dois anos, em agosto de 2022, eu fiz um tratamento superforte para psoríase direto no sistema imunológico”, contou a apresentadora. Ana Clara revelou que fez uso de pomadas e cremes, mas não obteve o efeito desejado.
Ela também revelou que sente que a doença se agrava em momentos de estresse, mas sentiu melhora após um tratamento com injeções. Para entender os tópicos, o site IstoÉ Gente procurou o Dr. Beni Grinblat, dermatologista do Hospital Israelita Albert Einstein.
O que é psoríase, condição que acomete a apresentadora Ana Clara
Dr. Beni explica que a psoríase é uma doença imunomediada que acontece com um aumento irregular da divisão celular, ocasionando descamação da pele. “É uma doença crônica, mas tem alguns fatores desencadeantes”, diz o especialista, citando como exemplos estresse, trauma no local, uso de medicamentos específicos e quadro infeccioso. Muitas vezes, no entanto, a doença pode surgir de maneira espontânea.
O médico conta, ainda, que em casos específicos a psoríase pode se manifestar além da pele, pelas articulações — na chamada artrite relacionada à psoríase.
“São comuns lesões avermelhadas e descamativas na pele, em qualquer lugar do corpo — inclusive nele todo. Mas o mais comum é atingir joelhos, cotovelos e couro cabeludo”, destaca. O diagnóstico é clínico e, em casos específicos, pode ser requisitado o exame de biópsia.
De acordo com Dr. Beni, o tratamento depende da extensão do quadro. “Quando a condição é localizada, pode-se tratar com cremes, pomadas ou gel, de forma local. Casos mais extensos exigem medicamentos imunossupressores e alguns casos são tratados com fototerapia [banho de luz de radiação UV em cabine]. Muitos casos são tratados com medicações imunobiológicas, a maioria por aplicação subcutânea. São remédios mais caros, indicados quando o paciente não melhorou com outros tratamentos”, finaliza o especialista.