O segmento de informação e comunicação perdeu participação no setor de serviços do país em dez anos. Em 2013, esse segmento era predominante na receita bruta de serviços de 14 unidades da federação e, em 2022, não prevalecia em nenhuma delas. Os dados são da Pesquisa Anual de Serviços (PAS) e foram divulgados nessa quarta-feira (28) pelo IBGE.
No Acre, nada mudou no período de dez anos. Os chamados serviços profissionais, administrativos e complementares eram os mais fortes no segmento e atualmente seguem na liderança no Estado.
Na Região Norte, o Acre participa com 2,9% no segmento serviços em termos de receita bruta. Segundo o IBGE, em 10 anos, o destaque foi o avanço do Amazonas, que aumentou sua representatividade na Região em 2,4 p.p., ao passo que Rondônia diminuiu sua participação em 2,1 p.p. no mesmo período. Entre as atividades predominantes em cada Unidade da Federação, os
Serviços profissionais, administrativos e complementares prevaleceram em todas, com destaque para Rondônia, Acre, Amazonas e Roraima, onde essa atividade teve o maior ganho de participação”, diz o Instituto.
Em contraste, no Amapá, embora essa atividade tenha mantido a primeira posição no ranking, foi onde se observou a maior redução (2,2 p.p.).
Ao nível nacional, a retração do segmento está relacionada principalmente ao desempenho de uma de suas cinco atividades. “Um dos motivos para isso ter ocorrido foi a perda de receita da atividade de telecomunicações, que é composta pelas empresas de telefonia. Nós observamos uma mudança de comportamento de pessoas que param de usar o telefone como forma de se comunicar e passam a usar mais a Internet, com os aplicativos de mensagens”, explica o analista da pesquisa, Marcelo Miranda.
Por outro lado, em 2022, o segmento de serviços profissionais, administrativos e complementares era predominante na receita bruta de serviços da maior parte (22) das unidades da federação. Em 2013, esse setor predominava em 10 UFs.
O total estimado para a receita bruta apurada pelas empresas prestadoras de serviços não financeiros foi de R$3,1 trilhões, sendo 97,4% desse total gerado pela atividade de prestação de serviços e o restante, pelas atividades secundárias dessas empresas, o que inclui operações industriais, de construção e de revenda de mercadorias.