Após o Instagram do “Fantástico”, da Globo, compartilhar um vídeo em que Eliana aparece entrevistando a cantora Pabllo Vittar, bate-papo que vai ao ar no próximo domingo, 18, alguns internautas falaram da magreza da apresentadora e chamaram ela de ‘Cabeça Ozempic’, nome que faz referência a um suposto efeito colateral do uso do medicamento para emagrecer, como a desproporcionalidade da cabeça em relação ao resto do corpo.
Na comunidade médica, o efeito tem outro nome: ‘Ozempic Face’. Ou seja, a sensação de que o rosto não emagreceu conforme a perda de gordura do corpo.
Diversos famosos nacionais e internacionais têm surgido cada vez mais magros, com isso, acabam se tornado alvo de especulações sobre o uso de medicamentos inibidores de apetite. Recentemente, um dos assuntos mais comentados do X (antigo Twitter) foi o remédio Ozempic, associado pelos internautas da rede social à perda de peso da cantora Maiara, da dupla com Maraísa, que chocou os fãs pela magreza excessiva.
Esses medicamentos foram desenvolvidos para diabetes, mas acabaram sendo também indicados para a obesidade. Ozempic e Wegovy têm como princípio ativo a semaglutida. Há ainda a substância liraglutida, usada nos medicamentos Victoza e Saxenda.
“Eliana está doente?”, questionou um internauta na publicação do Instagram do “Fantástico”, “Só tem cabeça”, disparou outro usuário; “Eliana está esquisita. Cabeça grande e corpo pequeno”, comentou um terceiro.
Eliana está usando Ozempic?
Procurada pela reportagem do Glow News, a assessoria de imprensa de Eliana ainda não se pronunciou se a apresentadora está ou não usando o medicamento para emagrecer.
Cabeça de Ozempic
O Dr. Neto Borghi, nutrólogo da Clínica Soul Nutro e especialista em emagrecimento, explicou tudo sobre o termo ‘Cabeça de Ozempic’. Veja na íntegra!
“O termo “Cabeça de Ozempic” tem ganhado destaque nos debates sobre os efeitos colaterais do uso inadequado do medicamento Ozempic (semaglutida), inicialmente indicado para o tratamento do diabetes tipo 2, mas amplamente utilizado para emagrecimento. Esse termo faz referência à desproporção observada entre a cabeça e o corpo após uma perda de peso rápida e excessiva, que é um dos efeitos colaterais desse medicamento quando utilizado sem acompanhamento médico.
A “Cabeça de Ozempic” ocorre porque o emagrecimento acelerado, provocado pelo Ozempic, pode levar à perda significativa de massa muscular além da gordura. A perda de massa muscular é especialmente preocupante, pois o músculo é fundamental para a manutenção do metabolismo basal, além de contribuir para a força, a estabilidade e a saúde geral do corpo. Quando se perde massa muscular em excesso, o corpo pode apresentar sinais de fraqueza, fadiga crônica e uma piora na qualidade de vida, já que o metabolismo também desacelera.
O uso de Ozempic sem orientação médica pode trazer diversos riscos. Além da perda de massa muscular, há relatos de problemas gastrointestinais severos, como náuseas, vômitos e pancreatite, e complicações mais sérias relacionadas à desregulação dos níveis de glicose no sangue. A falta de acompanhamento pode também aumentar o risco de deficiências nutricionais, pois o medicamento altera a absorção de nutrientes essenciais.
Outro aspecto crítico são as deficiências de vitaminas e minerais. O Ozempic, ao reduzir drasticamente o apetite e a ingestão calórica, pode resultar em uma dieta pobre em nutrientes essenciais. A ingestão inadequada de vitaminas e minerais, como vitamina D, cálcio, ferro, e vitaminas do complexo B, pode levar a uma série de problemas de saúde. Por exemplo, a deficiência de vitamina D e cálcio pode resultar em osteopenia ou osteoporose, aumentando o risco de fraturas ósseas. A deficiência de ferro pode causar anemia, levando à fadiga extrema e comprometendo a capacidade do corpo de transportar oxigênio adequadamente.
Além disso, a perda de massa muscular pode agravar a deficiência de micronutrientes, pois o músculo esquelético é um reservatório para muitas vitaminas e minerais, incluindo magnésio e potássio, que são essenciais para a função muscular e cardíaca.
A automedicação com Ozempic tem sido um fator de preocupação crescente. Muitos utilizam o medicamento sem considerar os possíveis efeitos adversos e sem realizar um monitoramento adequado, o que pode levar a complicações graves. Além dos problemas físicos, há também relatos de impactos negativos na saúde mental, incluindo aumento da ansiedade e episódios depressivos, relacionados à rápida mudança na composição corporal e ao impacto psicológico dessas alterações.
Portanto, é imprescindível que o uso de qualquer medicamento para emagrecimento, especialmente o Ozempic, seja feito com rigoroso acompanhamento médico, para garantir que os efeitos desejados sejam alcançados de maneira segura e saudável, minimizando os riscos e preservando a integridade física e mental do paciente.”
Assista abaixo o vídeo de Eliana: