No primeiro dia de campanha eleitoral oficialmente liberada, esta sexta-feira, 16 de agosto, o programa Boa Conversa, apresentado pelo jornalista Marcos Venícios, com comentários dos colunistas Astério Moreira e Luiz Carlos Moreira Jorge, debateu os principais assuntos em pauta nesta largada de corrida pelas prefeituras da capital e dos municípios do interior.
O ponto de partida da conversa foi a mais recente pesquisa do Instituto Delta, de um total de quatro que foram contratadas pelo ac24horas exclusivamente para Rio Branco, que continua mostrando o candidato do MDB, Marcus Alexandre, à frente da disputa, com o atual gestor e candidato à reeleição, Tião Bocalom, do PL, em segundo.
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Para Luiz Carlos Moreira Jorge, dá para se notar na pesquisa que a intenção de voto do emedebista está se consolidando e que a junção de Bocalom com Alysson Bestene não trouxe incrementos para a chapa. “Os votos que o Bocalom são oriundos dele mesmo”, afirmou, acrescentando que nem mesmo o senador Marcio Bittar está tendo influência em favor do prefeito.
Perguntado sobre o peso do ex-presidente Jair Bolsonaro em favor de Bocalom, Astério Moreira disse que o discurso de que a eleição é entre Lula e Bolsonaro não é verdadeiro. “É um discurso falso para tentar angariar os votos que foram dados ao ex-presidente em 2022, que chegou a mais de 70% [no estado]. Bolsonaro não está transferindo votos para Bocalom, não tem como”, avaliou.
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Em meio aos detalhamentos da consulta popular, sentou na bancada o proprietário do Instituto Delta, Francimar Façanha de Almeida, para explicar a metodologia do levantamento e ajudar na interpretação do que a pesquisa mostra por trás dos números. Um dos pontos abordados foi a sempre presente contestação da eficácia das pesquisas de opinião.
Segundo ele, a essência do trabalho é a estratificação do eleitorado com base nas estatísticas feitas pela Justiça Eleitoral. “Se eu vou fazer mil entrevistas, e lá na estatística do Tribunal Regional Eleitoral (TRE) diz que mulheres de 16 a 24 anos são 10% do eleitorado de Rio Branco, eu vou entrevistar 100 mulheres com essa faixa de idade, é proporcional aos eleitores nessa faixa etária. É uma amostra do eleitorado”, explicou.
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Sobre o desempenho do Instituto Delta, que têm tido um histórico positivo de acertos nas consultas feitas no estado, Francimar afirmou que ser do Acre é um dos fatores que atestam o compromisso com a seriedade. “Nós moramos aqui e queremos permanecer fazendo pesquisa. Se a gente faz mal feito, deixamos de fazer”, enfatiza.
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A respeito da parceria com o ac24horas na realização das pesquisas, Francimar disse que a iniciativa é maravilhosa porque valoriza o trabalho dos profissionais do estado que atuam na área. “Quem vem de fora não tem nenhum compromisso. Ele vem e se acertou ou errou não importa. Nós, não. Nós temos o compromisso de acertar. Nós queremos acertar, pois credibilidade é muito difícil de conquistar, mas para perder é fácil”, pontuou.