Uma pesquisa que visa aferir a intenção de votos dos eleitores em Rio Branco da empresa 100% Cidades Participações LTDA, criada em novembro do ano passado no Estado do Espírito Santo, está sendo questionada pelo advogado Odilardo Marques, representante da chapa majoritária do candidato emedebista Marcus Alexandre, que disputa a prefeitura da capital.
O especialista em direito eleitoral questiona que a empresa criada recentemente tem um capital social de apenas R$ 1.000,00 e para se credenciar para divulgar pesquisas eleitorais teve que divulgar o balanço do ano anterior, que registrou um déficit financeiro de R$ 36 mil.
“Existem duas situações. Essa empresa tentou fazer pesquisa em Curitiba (Paraná), e foi barrada por decisão judicial e em Campo Grande (Mato Grosso do Sul) também foi barrada pela justiça eleitoral. O que é que uma empresa do Espírito Santo tem interesse em Curitiba e em Campo Grande? Ponto. Aí eles vêm pra cá. Aí quando eles vêm pra cá, o que é que acontece? Eles são os contratados e os pagantes. Então uma empresa de Vitória vem pra Rio Branco, né? Eles contratam pesquisas e eles são pagantes e vão divulgar aqui a que interesse? O que é que eles têm aqui? Eles foram os pagantes da própria pesquisa no valor de R$ 15 mil. Eles contrataram e pagaram, né? Aí. Nesse viés, essas suspeitas todas, há um forte indício de fraude, de tentativa de fraude, de manipulação”, explica Ordilardo.
A pesquisa que Marques se refere é a registrada no Tribunal Regional Eleitoral do Acre com o número AC-09630/2024, que entrevistou 600 eleitores entre os dias 25 de julho a 12 de agosto, 19 dias de pesquisas, por meio telefônico. “Como é que uma pesquisa é registrada no dia 8 de agosto, sendo que ela começou a ser coletada em 25 de julho, no mês passado? Comumente uma pesquisa é levantada em 2, 3 ou até 4 dias”, questiona o advogado.
A pesquisa tem autorização do Tribunal Regional Eleitoral para ser divulgada a partir desta terça-feira, 13.