O médico e apresentador Fabrício Lemos recebeu no programa Médico 24 Horas desta segunda-feira, 22, o médico ortopedista Marcelo Pimenta. Natural do Rio Grande do Norte, Pimenta teve com o Acre primeiro uma relação espiritual que embasou sua mudança para o estado.
De origem pobre a ponto de comer restos, Marcelo conta que, na juventude, sua família tinha como certeza que a prosperidade só poderia ser encontrada de duas formas: a “Loto” (atual Mega Sena) ou o estudo. Diante dessa realidade, Marcelo conta que passou pelo exército, polícia militar e agarrou qualquer oportunidade de melhorar de vida. “Era uma boca a menos para comer em casa, não poderia fazer despesa. Nesses períodos, mesmo com tudo isso, consegui o tão sonhado curso médico”, conta.
Já com consultório no Rio Grande do Sul e trabalhando por vezes no interior, Pimenta disse que teve um sonho com o mapa do Brasil e viu o Acre em alto-relevo. “Esse mapa ficou gravado na minha mente, eu fechava o olho e esse mapa vinha na minha mente, ficou perturbando”, afirmou. O médico levou o assunto ao pastor da igreja. “Tempos depois, um adolescente chegou e disse ‘pastor, tive um sonho com o irmão Marcelo no aeroporto, ele ia viajar, tinha uma mochila, uma bolsa de rodinha, e tinha uma passagem pro Acre’, o pastor já olhou pra mim e eu disse ‘pastor, só não vou amanhã se não tiver voo’. Vim embora pro Acre”, narra.
Mas durante a viagem, em escala a Brasília, Marcelo Pimenta conta que chegou a se questionar sobre a racionalidade da decisão de largar uma vida estável no Rio Grande do Norte para chegar ao Acre, onde não conhecia ninguém. “Fiquei me perguntando que loucura era aquela que eu tava vivendo. Senta um jovem senhor do meu lado, perguntei a ele se ele morava no Acre e começamos a conversar. Ele disse: ‘o Acre não tem trabalho como São Paulo, para o Acre só vai quem visita parente ou passa em concurso. Você trabalha com o quê?’, eu disse que era médico, ele perguntou se eu estava com documentos, puxou do bolso um cartão e disse ‘me procure na SESACRE que você já está empregado'”, explicou o médico.
Perguntado se já descobriu o motivo de Deus tê-lo trazido ao Acre, Marcelo Pimenta diz que tem essas respostas durante os atendimentos que faz aos pacientes. “São vários os casos, pacientes, que vejo e penso que Deus me trouxe pra isso. O médico é um profissional, mas também é amigo do paciente, tem que ser mais que aquele ‘doutor’, porque o dinheiro é a consequência do nosso trabalho”, concluiu.
Para saber os detalhes da mudança de Marcelo Pimenta para o Acre assista à entrevista completa: