Os dados sobre detecções de focos de queimadas em todo o território nacional, atualizados diariamente pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), mostram que a situação começa a se agravar no Acre, como ocorre todos os anos nesse período.
Contudo, os números referentes ao período de 1º de janeiro a 17 de julho deste ano estão 223% maiores quando comparados com esse mesmo intervalo no ano passado. São 353 focos de queimadas detectados em 2014 contra 109 em 2023.
Do total de focos de queimadas detectados no ano em curso, 216 foram neste mês de julho e 81 nas últimas 48 horas, o que indica uma tendência no avanço dos registros à medida que caminhamos para o mês de agosto, historicamente o segundo mais crítico.
A quantidade de focos registrada nos 17 primeiros dias de julho de 2024 já supera o total do mesmo mês no ano passado, quando foram detectados 212 focos. Apenas nesta quarta-feira, 17, foram 61 ocorrências no estado.
O município de Cruzeiro do Sul concentrou quase metade dos focos registrados nesta quarta-feira – 15. Considerando o mês de julho, até o momento, a “capital do Juruá” também lidera com 39 focos de queimadas, assim como no ano, com 59 ocorrências.
Em junho passado, o governo do estado decretou emergência por conta da falta de chuvas e do baixo nível dos rios. O Acre começa a enfrentar os efeitos de um novo evento climático extremo, a seca, apenas três meses após sofrer com enchentes históricas.
Em todo o estado, está em vigência a operação Fogo Controlado, uma medida do governo, por meio do Corpo de Bombeiros e várias instituições, de todas as esferas, com o intuito de combater os incêndios florestais e urbanos, além de conscientizar a população.