O candidato ao Senado pela Coligação Produzir para Empregar, Roberto Duarte, vê incompetência da Bancada Federal do Acre quanto à restruturação da Polícia Rodoviária Federal (PRF). “Somos o único estado brasileiro onde a instituição não tem autonomia para quase nada, o efetivo é insuficiente, mesmo sendo o Acre uma das principais rotas para entrada de drogas e o tráfico de armas e humano no país”, afirmou o candidato.
Duarte, advogado há 12 anos, criticou a ação “oportunista” de alguns deputados federais e senadores que “buscaram palanque político” ao prometerem apoio ao projeto que anos adormece no Congresso Nacional pedindo autonomia administrativa e financeira à PRF no Acre, bem como a criação de funções Comissionadas no estado. Na prática, pede-se que seja implantada uma superintendência em Rio Branco e a desvinculação definitiva da delegacia de Rio Branco do grupamento de Porto Velho (RO).
O chefe da Polícia Rodoviária Federal, Nelis Newton, através de seus inspetores, comunicou que o Acre dispõe de 40 policiais, quando próximo do ideal, para funcionar na categoria de delegacia, seria de, no mínimo, 70. “E para que o efetivo desempenhe um bom trabalho nas rodovias federais priorizando assim os cidadãos que ali trafegam, sendo criada a superintendência no Acre, nós estimamos que seriam necessários 120 PRF´s”, informou o inspetor Guino Silveira. As rotas mais usadas por traficantes são as BR´s 364 r 317, além dos rios que também não são alvo de fiscalização por falta de uma guarnição da Marinha no Acre. Incluindo o posto fiscal localizado em Xapuri, a malha viária em território acreano, sob a responsabilidade da PRF, é de 1.400 KM´s.
Duarte também foi comunicado da necessidade de se criar uma delegacia em Cruzeiro do Sul e Epitaciolândia, o que facilitaria a logística daquelas regiões que possuem características específicas de tríplice fronteira. O candidato reconheceu a importância e a seriedade do trabalho da PRF, sobretudo “por sermos fronteira com dois países produtores de drogas”, referindo-se a Peru e Bolívia. “Vejo uma falta de consideração com os trabalhadores e uma desatenção gravíssima por parte do governo federal. Uma intervenção forte deve ser feita junto ao Ministério da Justiça. Eu darei prioridade a esta questão”, afirmou o candidato.