Neste sábado, 13/07, um jovem de 20 anos de idade, desses que a esquerda forma ideologicamente aos milhares para odiar seus adversários ou quem eles julguem responsáveis por suas carências, tentou contra a vida de Donald Trump, ex-presidente em curso de retorno à Casa Branca. Representante mais vistoso da direita internacional, Trump pontua à frente da marionete da esquerda, o senil Joe Biden, na acorrida presidencial.
No Brasil, os esquerdistas que infestam e dominam a imprensa, distorceram as notícias – “supostos tiros e suposto sangue”, e foram às redes sociais para escarnecer o atentado. Uns praticamente lamentaram o resultado funesto, outros insinuaram que foi um atentado fake apesar da morte de duas pessoas e mais alguns deram o fato como um ato isolado de um maluco.
Não há como deixar de lembrar a facada que outro esquerdista desferiu contra Jair Bolsonaro em campanha, em 2018. Lá como cá, a esquerda incita diariamente o ódio contra seus adversários, desumaniza-os e, com isso, normalizam qualquer desgraça que sofram. Na mente alienada de gente como Adélio, essa incitação é praticamente uma ordem para atacar.
Mesmo assim, com tais exemplos, vemos rotineiramente na imprensa beócios querendo disfarçar a realidade com uma estúpida desideologização da política. Quando vejo no debate público políticos e militantes fugindo da “polarização” com argumentos do tipo “ideologia é bobagem”, desprezando praticamente toda a ciência política, meu primeiro sentimento é o de vergonha alheia – como alguém pode ser tão primário? Aqui no Acre, há algum tempo venho tentando levar alguma luz a essa escuridão intelectual.
Toda decisão política, desde a formulação de políticas públicas até a promulgação de leis, prioriza determinados valores e secundarizam outros. Essas escolhas decorrem de pressupostos sobre a natureza humana, o papel do governo, a organização da sociedade e outros elementos. Esses pressupostos, por sua vez, resultam dos moldes determinados pelas ideologias políticas dominantes.
Mesmo quando os políticos agem de modo pragmático, focados em soluções práticas para problemas específicos, suas escolhas refletem uma visão necessária sobre o que é “prático” ou “eficiente”, sendo essas visões informadas por valores e crenças ideológicas. Por exemplo, um político que prioriza o buraco da rua acima de outras considerações, como o combate à corrupção, está inevitavelmente operando dentro de uma estrutura ideológica específica, mesmo que não a articule claramente. Além disso, a própria definição do que constitui um “problema” político e quais soluções são consideradas aceitáveis também são informadas por pressupostos ideológicos. É dizer, diferentes ideologias políticas enfatizam diferentes questões e propõem soluções distintas, refletindo suas prioridades e visões de mundo.
As principais ideologias políticas, como liberalismo, conservadorismo, socialismo, etc., fornecem estruturas conceituais amplas que moldam as prioridades, propostas e ações políticas. Essas ideologias enquadram as questões consideradas importantes, as soluções preferidas e os grupos a serem priorizados. Por exemplo, uma ideologia liberal enfatizará a liberdade individual, a propriedade privada e o papel limitado do governo, enquanto uma ideologia socialista priorizará a igualdade, a propriedade coletiva e a intervenção do Estado na economia e na sociedade.
Essas diferenças são ideológicas e fundamentais atingindo diretamente as políticas propostas e implementadas pelos diferentes atores políticos. Quando os políticos tentam se passar por “apolíticos” ou “acima da política”, suas escolhas tendem a refletir uma orientação ideológica. Afinal, a própria decisão de se posicionar como “apolítico” é, em si, uma escolha ideológica, pois implica uma visão específica sobre o papel da política na sociedade.
A ideia de uma política completamente “neutra” ou “sem ideologia” é, na prática, inviável e burra. Toda ação política, mesmo que aparentemente “técnica” ou “pragmática”, carrega consigo pressupostos e valores que refletem uma determinada visão de mundo. Isso não significa, necessariamente, que a política tenha que ser dogmática. Pelo contrário, o reconhecimento da inevitabilidade da ideologia na política é o espaço próprio para um diálogo honesto e construtivo entre diferentes perspectivas. Ao admitir que nossas escolhas políticas são determinadas por valores e crenças, podemos buscar uma maior transparência e uma compreensão mútua.
Em resumo, a política é uma atividade enraizada em valores, crenças e visões de mundo, logo, ideológica. Portanto, a ideia de uma política desideologizada é, na prática, inviável e declaratória de uma pobreza intelectual excruciante. Ao invés de negar ou esconder a influência da ideologia, devemos abraçá-la e usá-la como uma oportunidade de enriquecer o diálogo político, buscando pontos de convergência e formas de conciliar aspectos de diferentes visões de mundo em prol do bem comum.
Trump foi alvo de um atentado ideológico tanto quanto Bolsonaro e, se não prestarmos atenção a isso e não dialogarmos no campo próprio, estaremos cegando uns aos outros enquanto se mantem o caldo de cultura que cria e põe em operação militantes dispostos a matar em nome do que sequer conhecem, obedientes a uma ordem psíquica de eliminar os adversários, como costuma fazer a esquerda. É preciso que lutemos no campo verdadeiro, o ideológico, e conquistemos os corações e mentes das pessoas pelo diálogo e convencimento, mostrando a natureza perversa da esquerda em todas as suas nuances.
Valterlucio Bessa Campelo escreve às segundas-feiras no site AC24HORAS e, eventualmente, no seu BLOG, no site Liberais e Conservadores do jornalista e escritor PERCIVAL PUGGINA, no DIÁRIO DO ACRE, no ACRENEWS e em outros sites. Quem desejar adquirir seu livro de contos mais recente “Pronto, Contei!”, pode fazê-lo através do e-mail [email protected].