As exportações do Acre no primeiro semestre de 2024 alcançaram US$ 48,6 milhões, superando em US$ 2,8 milhões, superando o valor de tudo o que foi exportado em 2023 (US$ 45,8 milhões). Na tabela a seguir destacam-se os principais grupos de produtos exportados no primeiro semestre de 2023 e de 2024.
Em termos proporcionas, no primeiro semestre de 2024, participou com 44,4%, seguido pela carne suína com 18%. A carne bovina que, no mesmo período de 2023, participou com somente 6,5% do total exportado, em 2024 já participa com 16,5%. A castanha participou com 11,3%. As exportações de madeira não reagiram, foi o único grupo que apresentou queda no primeiro semestre. O Grupo teve a participação de somente 6%, menos 5 pontos percentuais, da sua participação no mesmo período de 2023 que foi de 11%.
Comparando o primeiro semestre de 2024 com o de 2025, o grande destaque ficou com as exportações de suínos que alcançaram US$ 8,6 milhões, um crescimento de 468,2% dos US$ 1,5 milhão do semestre de 2023.
A autorização de frigoríficos locais para exportação da carne bovina ocasionou um crescimento de 352,3% de um semestre para o outro. Saindo de US$ 1,8 milhão para mais de US$ 8 milhões, em 2024. Na comparação dos mesmos períodos, a castanha cresceu 82,5% e, como comentado anteriormente, o grupo de madeira e derivados foi o único que apresentou uma queda de -5,7%.
O Peru foi o destino de 25,5% do valor das exportações acreanas no primeiro semestre
Na tabela a seguir destacam-se os 10 maiores destinos das exportações acreanas no primeiro semestre de 2024.
O destino da maior parte das exportações acreanas (25,55%), foi o Peru, com um valor de US$ 12,4 milhões, sendo a maior parte de carne suína (69%) e 28% de castanha. Em seguida veio a Espanha com US$ 5,6 milhões (93% de soja e 7% de madeira.
Os Emirados Árabes Unidos (3º maior destino) e Hong Kong (6º maior destino) foram responsáveis pela aquisição de mais de US$ 8 milhões em carne e derivados de bovinos.
Além da Espanha, os outros principais destinos da soja acreana foram: China, Alemanha, Itália, Estados Unidos, Argélia e Israel.
Outro destaque importante foram as exportações de castanha para os Estados Unidos, que com compraram mais de US$ 1,2 milhão do Acre, sendo o segundo maior importador deste produto, ficando atrás somente do Peru, que comprou mais de US$ 3,5 milhões.
A madeira acreana foi exportada para a Espanha, a China, a Alemanha e os Estados Unidos.
As importações no primeiro semestre de 2024 ficaram abaixo do semestre do ano passado
Conforme demostrado no gráfico a seguir, com um valor de US$ 2,64 milhões a importações acreanas no primeiro semestre de 2024, ficaram US$ 122 mil, cerca de 4,4 % abaixo das importações do primeiro semestre de 2023 (US$ 2,76 milhões).
A compra de uma aeronave dos Estados Unidos no valor de US$ 840 mil, representou quase 32% do total importado pelo Acre, no primeiro semestre de 2024. Outro destaque importante foi a importação de Arroz da Tailândia, no valor de US$ 769 mil que representou mais de 29% do total das importações.
Destaque também para importações de produtos químicos (tonantes e polímeros), vindos da Turquia e dos Estados Unidos no valor de US$ 346 mil.
Do Peru importamos cebola, alho e outros produtos hortícolas, no valor de US$ 171 mil. Registramos também da importação de pneus automotivos novos vindos da China e da Malásia.
A balança comercial do Acre (exportações – Importações), no primeiro semestre de 2024 ficou em US$ 46 milhões. Ou seja, 54% acima do saldo de US$ 25 milhões, verificados no primeiro semestre do ano passado.
O cenário para o futuro das exportações acreanas é de queda nas exportações de soja e de castanha (final de safras), ampliação nas exportações de carne bovina e suína (ampliação do mercado) e uma inderfinição nas exportações de madeira.
Leio no ac24horas que ontem (09/7), representantes do governo federal, do Acre, Rondônia, Peru e Bolívia, ainda representantes de classes empresariais, se encontram em Rio Branco para um Encontro Trinacional da Integração Rota Quadrante Rodon. O encontro discute o avanço das ações que viabilizam a Rota, que é a principal via de integração do Brasil com Bolívia e Peru perpassando os estados de Mato Grosso, Rondônia e Acre, no momento de grande expectativa de abertura do Porto de Chancay, no Peru, prevista para este ano.
Trata-se de um evento muito importante para a inserção, cada vez maior, do Acre no mercado internacional.
Orlando Sabino escreve às quintas-feiras no ac24horas