Nesta sexta-feira (28), Maíra Cardi, que anteriormente já foi chamada de terrorista alimentar por profissionais de saúde, contou que está há 3 dias sem comer. A revelação um tanto chocante foi feita em suas redes sociais, onde a influenciadora mostrou um prato de comida vazio com a escrita: “Estou de Jejum apenas tomando água, desde terça-feira! 3 dias”, contou.
Ainda na legenda da publicação, a esposa de Tiago Nigro revelou quanto tempo ficará ao todo sem comer desta vez: “Serão 5 dessa vez! Quer saber como estou fazendo, porque, e porque estou contando? Escreve para mim sua dúvida que mais tarde passo para responder todas”, afirmou.
Apesar de não ter dado detalhes do motivo de seu jejum, tudo indica ser algo espiritual, relacionado com sua religião. Isso porque, na continuação do vídeo, que teve os comentários ‘limitados’, a coach fitness ainda filma uma Bíblia e a coloca sobre seu prato, abrindo em uma passagem.
Quais os riscos de jejuns extensos?
Quando o assunto é dieta, perde-se a conta de quantas têm por aí, garantindo resultados rápidos e milagrosos, assim como Maíra Cardi realiza, com seu projeto “seca rápido”. No ranking atual das mais promissoras lidera a do jejum intermitente. A proposta consiste em ficar sem comer nada, apenas água ou chás durante longos períodos. Para algumas pessoas, o jejum pode variar entre oito, dez, 12 ou mais horas e, até mesmo, dias seguidos.
Primeiro risco
Quando o indivíduo entra em jejum, o organismo promove o catabolismo proteico, que nada mais é do que a perda de massa muscular. Isso ocorre porque o corpo usa a glicose do fígado e depois a glicose muscular. É possível perder peso rapidamente, mas a primeira consequência é o famoso efeito sanfona. Ou seja, ao retornar aos antigos hábitos alimentares, a pessoa recupera o peso ainda mais rápido.
Mais riscos desse tipo de jejum
Quando não realizado da maneira correta e sem a orientação de um médico e/ou nutricionista, o jejum intermitente pode colocar em risco a saúde. “Os riscos aumentam muito quando o jejum intermitente é feito sem acompanhamento, pois as pessoas ficam longos intervalos sem comer e, nos períodos que se alimentam, o fazem de forma inadequada”, alerta a Dra. Marcella Garcez, diretora da Associação Brasileira de Nutrologia.
Segundo ela, sem os devidos cuidados, o jejum pode causar desnutrição, bem como desidratação, hipoglicemia, fraqueza muscular e dificuldades de concentração. Além disso, pode “aumentar a tendência a transtornos alimentares como compulsão alimentar periódica, bulimia e anorexia”.
O Dr. Victor Lamônica acrescenta que, em casos de pacientes que já tenham alguma carência nutricional instalada ou outro problema de saúde, os perigos do jejum se tornam maiores. Em pacientes com algum distúrbio nos hormônios insulina ou cortisol, por exemplo, há riscos de evoluir para hipoglicemia, gerando náuseas, confusão mental, sudorese, hipotensão e desmaios.
Quem não deve realizar o jejum intermitente
O jejum intermitente não deve ser realizado por todas as pessoas, devido aos riscos à saúde. De acordo com o Dr. Victor Lamônica a prática não é recomendada para: