Após críticas do pastor Silas Malafaia devido ao projeto aprovado na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado na última quarta-feira, 19, que trata da legalização de cassinos e jogos de azar no Brasil, o senador Márcio Bittar (UB) se pronunciou nas redes sociais nesta sexta-feira, 21, garantindo que é contra o projeto.
O parlamentar argumentou que seu posicionamento já foi exposto publicamente, inclusive ao ex-presidente Jair Bolsonaro. Na sua avaliação, os jogos de azar serão dominados por facções criminosas. “As facções acabarão tomando conta desses jogos, assim como já tomaram parte da economia brasileira e de territórios nacionais que o Estado já não controla mais”, declarou.
Bittar ressaltou ainda que sua ausência na votação da CCJ não alterou o resultado final do projeto. “A decisão será realmente resolvida no plenário, onde reafirmarei minha posição.”
Quanto às críticas de Malafaia, Márcio considera que houve exagero. “Exagerou na patrulha ideológica. Pensava que a arma ideológica era apenas da esquerda”, comentou.
Nas redes sociais, Malafaia disse na última quarta-feira que três senadores prometeram votar contra a legalização, mas não compareceram à sessão, o que ele considera uma traição: Mecias de Jesus (Republicanos-RR), Márcio Bittar (União-AC) e Eliziane Gama (PSD-MA). Em relação a Bittar, o pastor mencionou que ele é titular da CCJ no Senado Federal. “Outro titular da CCJ, Márcio Bittar do Acre, tem voto de cristão. O presidente Bolsonaro, na minha presença e no viva-voz, falando com ele, disse: ‘Não, meu presidente, meu voto é seu, voto contra isso.’ É um absurdo, o cara também não compareceu para o suplente votar”, declarou.