Não acredito que a nova candidata do PSB à presidência, Marina Silva (PSB), vá seguir o ideário do seu antecessor Eduardo Campos (PSB). Marina só chegou onde chegou justamente por ter opiniões “fortes” sobre determinados assuntos. Ela nunca enganou ninguém. Quando se filiou ao PSB deixou claro que era uma situação temporária e que assim que o TSE acatasse o registro da Rede de Sustentabilidade se transferiria para a nova legenda. O abandono da coordenação da campanha do secretário geral do PSB, Carlos Siqueira, é um fato natural na política. Pela responsabilidade que tem Marina escolher pessoas mais próximas a ela é um direito. A ex-senadora acreana quando saiu do governo Lula (PT) confessou ser uma “jaguatirica ferida” que se retirava à sua toca para lamber seus ferimentos. Mais uma vez tiraram a felina do seu retiro para coloca-la no centro da disputa presidencial. E quem cutuca uma jaguatirica ferida já sabe o que pode esperar. Ainda mais com uma memória eleitoral de 20 milhões de votos e a segunda colocação na pesquisa do DataFolha para o pleito de 2014.
Questão de “sustentabilidade”
O modelo econômico de Marina Silva é a sustentabilidade. Produção industrial de baixa geração de carbono, extrativismo e preservação do meio ambiente. Essas são as bandeiras que a tornaram internacionalmente conhecida. Por quê abandonaria tal ideário agora?
Contradição
Se chegar à presidência, Marina terá que conviver com obras iniciadas durante a gestão de Dilma (PT). Algumas delas como as Usinas Hidroelétricas de Rondônia de Jirau e Santo Antônio, a ex-ministra sempre foi radicalmente contra.
Mares nunca antes navegados
Uma outra questão que preocupa aos empresários, em relação a Marina Silva, é o agronegócio. Não é o estilo de desenvolvimento aprovado pela ex-ministra acreana. Mas a gente nunca sabe o tipo de transformação que o poder poderá provocar.
Impasse no Congresso
Pela minha avaliação as chances de Marina chegar ao segundo turno são grandes. Mas como seria um Governo Sustentável com uma bancada reduzida no Congresso Nacional? O grupo político e partidário de Marina não terá nem 20% das vagas no Senado e na Câmara Federal. Isso é óbvio.
Questão de lógica
Pelo que observei os 21 pontos que Marina conseguiu na pesquisa foram de indecisos que se bandearam para o seu lado. Como a acreana é boa de debate a tendência é subir mais ainda. E não acredito que em apenas 40 dias que faltam de campanha a comoção pela morte de Eduardo Campos se dissipe.
A eterna dúvida da união
Conversei com algumas pessoas ligadas à candidatura ao Governo do Acre de Márcio Bittar (PSDB) que ainda têm dúvidas sobre a postura de Bocalom (DEM) num eventual segundo turno. Eles acham que Bocalom, caso perca a eleição, poderá se bandear para a FPA.
Absurdos dos absurdos
Conversei recentemente com Bocalom. Ele continua afirmando que o adversário comum é justamente a FPA. Claro que acredita ser ele a ir para o segundo turno, mas diz que se não for vai apoiar integralmente Márcio Bittar.
Incoerência
Acho difícil que Tião Viana (PT) aceitasse um eventual apoio de Bocalom. Se isso acontecesse os eleitores ficariam em dúvida em relação ao próprio candidato governista. Seria uma daquelas coisas que ninguém esperava e provocaria “dúvidas”.
O óbvio
Uma coisa é certa. Se Bocalom não for para o segundo turno quem terá que enfrenta-lo, em 2016, será o atual prefeito de Rio Branco, Marcus Alexandre (PT). Aliás, pouco se ventila a respeito de candidaturas na Capital para o próximo pleito.
Fazendo barulho no Juruá
O deputado estadual Jonas Lima (PT), candidato à reeleição lançou o seu comitê de campanha em Cruzeiro do Sul com a presença da candidata a vice governadora da FPA, Nazaré Araújo (PT).
E ainda tem mais
Nessa sexta, dia 22, às 19hs, será a vez de inaugurar o comitê de Jonas Lima em Mâncio Lima. Estão confirmadas as presenças do candidato à reeleição Tião Viana. Além dos candidatos a federal Sibá Machado (PT) e Raimundo Angelim (PT).
Apoios fortes
Jonas vai tentar se reeleger com a ajuda de dois atuais deputados estaduais que não são mais candidatos, Lira Moraes (PEN) e Geraldo Pereira (PT). Para federal o seu grupo político divide apoio para Angelim, Sibá e Regina Lino (PTB).
“Baixaria”
Não foi nenhuma briga. Mas um ato para repor as energias de campanha. Nesses dias foram vistos juntos os candidatos a deputado federal Angelim, Zé Vieira (PSDB) e Sérgio Barros (PSDB) comendo uma deliciosa baixaria no Mercado do Bosque.
Carreata
A candidata a deputada federal Jéssica Sales (PMDB) foi recebida na quarta à noite em Cruzeiro do Sul por uma carreata com mais de 200 carros. A filha do prefeito Vagner Sales (PMDB) e da deputada Antônia Sales (PMDB) entrará de cabeça na campanha.
A luta contra o tempo
Resta saber se os 40 dias que terá para fazer campanha serão suficientes para Jéssica. Claro que antes de chegar Vagner já vinha costurando apoios importantes. Mas será uma luta contra o relógio para empolgar o eleitorado.
Prova de fogo
Se Vagner e Antônia, que é candidata a vice de Márcio Bittar, conseguirem eleger Jéssica, sairão muito fortalecidos do processo eleitoral. Por isso, já entraram com todas as armas para alcançarem o objetivo. Se vão conseguir isso é com o eleitorado.
A insustentável leveza do ser
Achei os primeiros programas de rádio e TV majoritários do Acre mais leves do que imaginava. Pensei que vinha chumbo grosso contra os dois primeiros colocados na pesquisa do IBOPE para o Governo e o Senado, Tião Viana e Gladson Cameli (PP). Teve ironias e brados de liberdade. Mas não teve pernadas e nem rabos de arraias, nada que tenha achado ofensivo. Claro que esse é apenas o começo. Pode ser que a “munição pesada” esteja guardada para a sequência da campanha midiática. No entanto, uma coisa tenho certeza: para se acertar um alvo é preciso muita pontaria. Não é qualquer “baixaria” que pega para o eleitor. No afã de destruir os outros tem gente que na realidade acaba destruindo a si próprio. Aguardemos…