Patricia Fazan foi às lágrimas ao vivo no Encontro com Patrícia Poeta desta quarta (22). A jornalista da Globo relatou o caso de Marcus Grubert, marido da cantora gospel Heloísa Rosa, que foi preso após ser acusado de abusar sexualmente de uma criança de seis anos. Por ser amiga da mãe da vítima, a repórter acompanhou os desdobramentos de perto. “Um ano sofrendo”, afirmou.
O caso aconteceu em 2 de abril de 2023. A criança passou a noite na casa de Heloísa Rosa, na companhia dos filhos da artista. Ao ser buscada pela mãe, a menina relatou os acontecimentos da madrugada.
A família da criança denunciou os abusos, e a cantora gospel chegou a anunciar a separação e ficar ao lado da família da criança. No entanto, ela não apareceu para depor e retomou a relação com o suspeito.
“A Heloísa Rosa estava conversando com a mãe da criança, de repente ela a bloqueou no celular e veio para o Brasil com os filhos. Ela simplesmente não falou mais, não depôs, parou de falar com a mãe da criança”, contou Patricia Fazan.
Depois, a cantora retornou aos Estados Unidos, voltou a usar aliança e seguiu sua vida normalmente, como se nada tivesse acontecido. “A gente, nos bastidores, estava: ‘Como que pode?’. Ela não depôs e, no meio gospel, ela ficou falando que a mãe da criança enlouqueceu”, relatou.
A família contou com o apoio da instituição Hope & Justice Foundation, que cuidou dos trâmites judiciais e ainda ofereceu apoio psicológico. “Anna Alves-Lazaro, essa mulher é incrível. Ela resolveu montar essa fundação para ajudar os brasileiros e latinos que moram lá. A mãe da vítima teve todo o apoio psicológico, judicial, tudo o que você imagina”, enalteceu a repórter.
“E ajudou a colocar esse homem atrás das grades”, acrescentou Patrícia Poeta. “Ajudou muito. E o que acontece… A gente vem sofrendo, Patrícia”, disse a jornalista, com a voz embargada.
No mesmo momento, Patricia Fazan começou a chorar. “Eu vou ser muito sincera com você, hoje de manhã eu vinha vindo de casa, e a mãe da vítima –eu tenho muito contato com ela–, falou: ‘amiga, Justiça foi feita’. Um ano sofrendo, essa criança sofrendo, tendo que ficar falando o que aconteceu”, afirmou, em meio a lágrimas.
“Num caso desse, o que a gente quer? Proteger nossos filhos para esquecerem o que aconteceu. Mas, não, a menina não podia esquecer, porque ela tinha que ser ouvida. É muito sofrimento”, lamentou ela.
“E a mãe conta que a menina, volta e meia, trazia essa história…”, comentou a apresentadora do matinal. “Tinha que trazer. Era obrigatório. Ela não podia esquecer o caso, porque ela teria que ser ouvida. Eu falei: ‘Não podia gravar um vídeo com essa criança?’ E, não, porque poderia ser manipulado, né? A menina tinha que ser ouvida”, explicou a repórter.
“Um ano de sofrimento dessa família. Também para não deixar impune”, afirmou Poeta. “Era psicólogo, minha amiga tomando remédio… E ontem à noite a gente comemorava: amiga, graças a Deus. Porque a Justiça tem que ser feita. Ainda mais com todas as provas”, reforçou Fazan.