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A desprezível militância de redação

Imagem gerada gerada por Inteligência Artificial DALL-E

Uma das mais nefastas construções da esquerda em todo o mundo, mas de modo especial no Brasil dada a concentração da audiência em poucas emissoras e jornais, é a subversão do jornalismo e sua transformação em militância política, não importando o custo que isso cause à verdade e aos fatos. No limite, pelo descrédito, estão sentenciando o fim do jornalismo.


Em sua essência, o jornalismo deveria ser, como disse Ruy Barbosa, um “pilar fundamental da democracia, servindo como instrumento de informação, fiscalização do poder e formação da opinião pública”. Pode-se compreender a partir daí que para ser o que pretende, o jornalismo tem que, pelo menos, tender à neutralidade, permitindo que a opinião pública se forme a partir dos fatos e não como receptora passiva de uma versão pronta e acabada imposta pela imprensa.


Infelizmente, desde antes da redemocratização, a imprensa brasileira foi aos poucos cooptada de tal modo que se desnaturou completamente e hoje é, descaradamente, uma espécie de valhacouto da esquerda, que de lá, ainda usando a capa jornalística, age diuturnamente em função de uma agenda política determinada pelo governo disposto a pagar bom preço pela vil mercadoria – a mentira útil.


Observe-se que, desde a formação nas faculdades, há uma predisposição para que profissionais se apresentem de bom grado a bater continência à farsa e aos negócios jornalísticos. Ao invés de praticar o jornalismo na essência, cada um deles vislumbra um jornalismo revolucionário, vale dizer, um anti-jornalismo. Não por acaso, em pesquisa de 2021 (ver aqui), 80,7% dos jornalistas declararam ser “de esquerda”, enquanto 4% se declararam “de direita”, ou seja, para cada conservador, existem 20 progressistas militantes fazendo a comunicação social. Revelador, não?


O exemplo mais escabroso, doentio mesmo, da militância de redação, podemos encontrar no Sistema Globo de Comunicações que, coincidentemente, passou a receber do governo Lula 4 vezes mais grana do que recebia do governo Bolsonaro. Dei-me recentemente, em função das enchentes do Rio Grande do Sul, ao desprazer de assistir alguns “shorts” da CBN, da TV Globo e da Globonews. É nauseante. Assistir a Daniela Lima, Natuza Neri, Miriam Leitão, Andréa Sadi et caterva é como enfiar o pé num monte de estrume em um salão nobre. Aquilo não deveria estar ali no templo da informação, mas está e, pior, é hegemônico e dita as regras para as outras emissoras. Quem não topar enfiar a mão na sujeira está fora, como prometeu o STF contra a Jovem Pan que, ao final, se rendeu.


Um dia desses, em chamada que virou meme, a apresentadora Natuza Nery, da Globonews, chegou a dizer que a sua emissora “não passa pano para a política”. Hein? A emissora que programa sim, programa também, aplaude a CENSURA contra os que não rezem na cartilha progressista, que faz a Janja parecer uma jovem e brilhante dama achada no jardim do Éden, que esconde todos os malfeitos, grosserias e malandragens de Lula e seus ministros, que abaixa as calças para toda decisão do STF por mais questionável que seja, que faz coro à farsa do inquérito do fim do mundo, que se cala perante o perdão a todos os ladrões condenados na lavajato, que dá suporte à versão fantasiosa de tentativa de golpe em 08/01/23, que serve de pano de chão para a agenda ambientalista do Fórum Econômico Mundial, quer se passar como isenta? É pacabá o pequi do Goiás, diria uma amiga de Brasília.


Toda essa gente, enfurnada nas redações de onde disparam suas opiniões sobre os fatos e não os fatos, sabe, contudo, que o povo está percebendo a sua incúria, sua militância desavergonhada, sua motivação torpe, por isso tentam a todo custo censurar as plataformas de mídias sociais para que voltem a ser, ela mesma, a via única de informação. Seria a completa dominação da opinião pública pela opinião do governo que paga regiamente os veículos de comunicação amestrados.


Tenho como certo que nos dias atuais, a melhor informação, aquela que gira, que oferece dados e imagens, que emite opinião com o título de opinião e não com apelido de notícia, é realizada pelo jornalismo cidadão, também conhecido como open source, aquele que está à mão de qualquer um com um telefone celular, que reporta diretamente, sem filtros nem preparação, a versão mais verdadeira possível. Sim, há muita mentira circulando, mas seu maior inimigo é a verdade e não a censura, como querem fazer crer os esquerdistas de plantão na Justiça, no parlamento e na própria imprensa.


Um governo centrado na mentira como é todo aquele de viés de esquerda, dado que a falsidade é de sua natureza, odeia esse jornalismo cidadão, democrático, plural, investigativo e, por isso, quer eliminá-lo com a criminalização sob o pretexto de combater fakenews. Estamos vendo isso acontecer agora no Rio Grande do Sul. Milhares de imagens mostram A, mas o governo Lula entende que deva ser B, então A vira fakenews e B, através da rede imprensa amestrada, vira verdade.


Não se quer com essa brevíssima avaliação dizer que o jornalismo não possa ter lado. Pode sim. Não pode é ter sem dizer que tem ou dizendo que não tem, passando-se por mero informante dos fatos, por simples repassador da notícia, fazendo-se de desinteressado e imparcial, quando na verdade é militante ferrenho de uma causa ou de um negócio político. Isso é DESONESTO.


Infelizmente, atrás da Rede Globo só não vai quem já morreu, então em todos os estados, inclusive no Acre, percebe-se claramente esse jogo de cena e a metralhadora permanentemente voltada contra qualquer político ou partido que não tenha o odor mefítico socialista.



Valterlucio Bessa Campelo escreve às segundas-feiras no site AC24HORAS e, eventualmente, no seu BLOG, no site Liberais e Conservadores do jornalista e escritor PERCIVAL PUGGINA, no DIÁRIO DO ACRE, no ACRENEWS e em outros sites. Quem desejar adquirir seu livro de contos mais recente “Pronto, Contei!”, pode fazê-lo através do e-mail [email protected]