Ray Melo,
da redação de ac24horas
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O complexo penitenciário do Acre, que é alvo de várias denúncias de agentes penitenciários pela falta de estrutura começa a enfrentar um grave problema. O confronto de gangues rivais causou medo aos carcereiros que trabalham no presídio estadual neste fim de semana.
Segundo informações de agentes penitenciários, no domingo, 23, por volta de 10h, duas gangues do pavilhão B do presídio Francisco de Oliveira Conde se enfrentaram durante o banho de sol, com estoques, facas e outros tipos de armas fabricadas pelos detentos.
Os agepens ordenaram que os presos parassem com a briga generalizada, mas os detentos não obedeceram. Foi solicitado reforço para conter a confusão e disparos tiveram que serem efetuados para o alto, como sinal de advertência.
De acordo com os agepens, a briga envolveu cerca de cem presos e pelo menos dois ficaram feridos e foram encaminhados ao posto médico. Os presidiários foram encaminhados à delegacia de flagrantes para que fosse registrada a ocorrência.
A briga ocorreu durante o horário de visita. Agentes penitenciários informaram que vários visitantes estavam dentro do pavilhão. Quando a confusão começou os visitantes foram retirados para procedimentos de revista, retornando depois da confusão.
O presidente do Sindicato dos Agentes Penitenciários, Adriano Marques fará mais uma denúncia no Ministério Publico Estadual (MPE), contra a desproporcionalidade de servidores para presos e a falta de equipamentos de proteção e segurança.
O objetivo da nova denúncia é sensibilizar os promotores do MPE, para propor um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) ao Instituto de Administração Penitenciária (IAPEN) para que as condições de trabalhos dos agepens sejam revistas pelo Governo do Acre.