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“O Acre tem que sair só da cultura do boi; tem que diversificar”, diz presidente do Idaf no Bar do Vaz

FOTO: SÉRGIO VALE

O presidente do Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal do Acre (Idaf), José Francisco Thum, popularmente chamado de “Chico Thum”, foi o convidado do Bar do Vaz desta terça-feira, 30. O médico veterinário é do Rio Grande do Sul e tem 35 anos de Acre, onde chegou no fim da década de 1980.


Considerado como um dos homens de confiança do governo, ele afirma que tem atuado no órgão com total autonomia, por parte do governador Gladson Cameli, após ter chegado à direção da autarquia em um momento muito difícil, tanto por conta da pandemia quanto por denúncias de corrupção no Instituto.


FOTO: SÉRGIO VALE

“Deu toda a liberdade para a gente fazer. Sou veterinário, sou técnico de campo, e tinha um certo receio de assumir um órgão importante desse. Mas a gente foi conseguindo arrumar uma equipe, trocou algumas figuras, e hoje temos uma equipe dentro do Idaf que eu falo que é a melhor do governo”, diz.


Thum afirma que tem muita coisa boa acontecendo no Acre que não está sendo divulgada, como a queda do desmatamento e das queimadas, assim como o crescimento da cultura da soja e do próprio rebanho bovino, que já se aproxima das 5 milhões de cabeças no estado.


Defensor do desenvolvimento do estado por meio do incentivo à diversificação de cadeias produtivas, citando experiências promissoras como o café, o mamão, o coco e a banana, entre outros, Thum diz que não é defensor ferrenho da causa ambiental, mas pondera que deve haver um certo controle.


“Não tem como fugir disso, até porque nós estamos no olho do furacão”, diz deixando claro que é necessário promover o desenvolvimento fazendo o que está ao alcance. “Criar produção, geração de emprego, ocupação para essas famílias, principalmente os pequenos”, acrescenta.


Chico Thum reforça que os produtores acreanos precisam buscar investir em novas alternativas à pecuária. “O Acre tem que sair um pouco, até por conta dessa questão ambiental, só dessa cultura do boi, tem que diversificar. Estamos mostrando aí tudo o que se tem para produzir”, ressaltou.


FOTO: SÉRGIO VALE

Sobre a indústria Peixes da Amazônia, Thum considera que o projeto, apesar de viável, não caminhou como se esperava por conta de alguns exageros na condução e que houve ‘inchamento’, ou seja, excesso de despesas. “Já se provou que é viável, o peixe daqui é de excelente qualidade. É uma pena que esteja parado”, disse.


Por fim, Chico Thum revelou que quando foi convidado pelo governador para assumir o Idaf, fez uma promessa de que se fosse a ele permitido trabalhar de maneira técnica, entregaria o instituto como um dos três melhores do Brasil. “Esse é o desejo que tenho de fazer antes de deixar o Idaf”, concluiu.


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