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Especialista explica o que acontece quando o “canal” dói e aponta cuidados: “pode levar à morte”

Foto: Whidy Melo/ac24horas
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O médico Fabrício Lemos recebeu no Médico 24 Horas desta segunda-feira, 29, a dentista especialista em endodontia pela Universidade Federal da Bahia e professora universitária, Lais Bittencourt, que tirou dúvidas sobre procedimentos antes dolorosos e traumáticos, mas que agora estão indolores graças ao avanço da ciência.


De acordo com a dentista, que é especialista no tratamento de doenças da polpa do dente, conhecida popularmente como “nervo do dente”, o tabu do tratamento das enfermidades endodônticas têm sido desfeitos ao passo que os clientes têm saído do consultório odontológico cada vez mais satisfeitos com o tratamento indolor. “A grande maioria dos pacientes que me procuram estão com dor porque estão com casos de inflamação geradas por infecções, mas vão embora do meu consultório felizes. Hoje vemos o paciente como um todo, isso é um grande diferencial, a acolhida”, disse.


Ao falar sobre o que leva uma pessoa a precisar de uma intervenção na polpa do dente, Bittencourt pontua que a maioria das causas estão relacionadas à cárie, traumas, e problemas na higiene, mas a profissional atenta para estudos terem mostrado que a diabete pode predispor infecções endodônticas, deixá-las mais graves, ou ainda o contrário, ou seja, que uma infecção endodôntica pode elevar o nível glicêmico de pacientes.

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O processo infeccioso do “canal”, diz Lais, começa a dar sinais pela inflamação da polpa do dente, que é um tecido que torna o dente vivo. “Quando essa polpa, que é um tecido, morre, necrosa. É daí que vem a infecção. A reação de dor ao calor já é um sinal de uma polpa inflamada irreversivelmente, que vai precisar de um tratamento de canal. Caso não haja tratamento, esse tecido entra em necrose, apodrece, bactérias vão sendo colonizadas e podem até ser transportadas para outros locais, podendo até ocasionar a morte do paciente. Mas nem sempre os casos de necrose no dente causam dor, às vezes o paciente não sabe que está com infecção no dente e começa a apresentar um quadro agudo sem saber da origem, com febre, por exemplo”, explica a dentista.


Foto: Whidy Melo/ac24horas

O tratamento de canal começa com a abertura do dente, seguido da remoção do tecido infectado e uma limpeza medicamentosa para combater a infecção. Após a aplicação do medicamento, o dente é fechado e o paciente é liberado. Perguntado por Fabrício Lemos se ainda são necessárias várias sessões para fazer os procedimentos, a dentista esclareceu que há casos em que é possível fazer todo o tratamento em sessão única, mas observadas as particularidades de cada caso. “O tratamento é rápido. Tem paciente que não tem nenhum quadro agudo, não há abscesso, aí conseguimos fazer uma única sessão. O tratamento é seguro, sem dor, sem sofrimento. Às vezes um paciente recorre a vários tipos de medicamentos contra a dor, anti-inflamatórios, mas a dor não passa, só vai passar quando o dentista tira a polpa”, afirma Laís Bittencourt.


Laís Bittencourt atende em seu consultório na rua Henrique Dias, nas proximidades da Praça do Juventus, e na Fundação Hospitalar, em Rio Branco. Sua disponibilidade para consultas pode ser verificada pelo perfil dralaisbittencourt, no Instagram.


Veja o vídeo completo da entrevista que aborda também outros assuntos:


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