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Comitê Chico Mendes vai reunir mulheres de diferentes biomas do Brasil no Acre

Foto: imagem de rede social/reprodução
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O Comitê Chico Mendes promove entre os dias 19 a 21 de abril, próxima sexta-feira e sábado, o Encontro Bioma de Mulheres, que reúne lideranças de diferentes biomas do Brasil, em Xapuri, interior do Acre.


O “Bioma de Mulheres” vai reunir ribeirinhas, indígenas, quilombolas, agricultoras familiares, extrativistas, quebradeiras de coco, parteiras, professoras, profissionais de saúde, mães de santo, policiais, cacicas, midiativistas, pescadoras, marisqueiras, artesãs, benzedeiras, erveiras e curandeiras da Amazônia, Caatinga, Cerrado, Mata Atlântica, Pampas e Pantanal. Mulheres que estão produzindo soluções constantes, a partir do uso de conhecimentos tradicionais, diante dos muitos problemas que impactam seus territórios.


O encontro propõe a construção de uma Aliança dos Biomas, rede de feminismos para fortalecer as relações interbiomas, conectando saberes e experiências, visibilizando as vozes e os protagonismos das lideranças em prol do fortalecimento das comunidades e da proteção dos territórios.

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Segundo a diretora-presidente do Comitê Chico Mendes, Angela Mendes, o evento propõe um Empate [método de luta pacífica criado por seringueiros acreanos entre 1970 e 1990 para impedir que latifundiários desmatassem áreas de floresta]. “Queremos empatar o que o sistema nos propõe, que é o individualismo. Por isso, queremos criar uma estratégia ancestral feminina de empate, com diversidade de territorialidades, histórias e conhecimentos presentes”, conta ela.


A iniciativa é realizada em parceria com a Universidade Federal do Acre (Ufac), Fundação de Apoio e Desenvolvimento ao Ensino e Pesquisa e Extensão (Fundape), Fundo Casa, Secretaria de Estado de Meio Ambiente do Acre, Memorial Chico Mendes e Ministério das Mulheres do Governo Federal.


Protagonismo feminino valorizado


Uma pesquisa realizada pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) sobre liderança feminina constatou que o “ambiente profissional corporativo brasileiro, em geral, está pautado em processos e formatos criados e estabelecidos quando às mulheres era conferido apenas o espaço doméstico.” Essa constatação nos leva a reflexões no cenário político, acadêmico, da floresta, do campo, das águas. A ideia de cargos de poder, de tomada de decisão e de influência social tem um imaginário criado e moldado para homens. O próprio conceito de liderança está atrelado à visão do homem, do grande líder. É preciso um esforço coletivo para que alternativas sejam discutidas, criadas e viabilizadas.


Fonte: assessoria.


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