Após dois dias de manifestações em frente à Câmara Municipal, os vereadores da Casa Legislativa reuniram-se nesta quarta-feira (27) com representantes dos servidores municipais, que reivindicam o projeto de lei relativo ao reajuste salarial e à revisão do Plano de Cargos, Carreiras e Remuneração (PCCR) das categorias de servidores da cidade.
A reunião foi considerada benéfica para ambas as partes, pois a categoria obteve uma data para a apresentação do PL no parlamento, e a base governista agora tem tempo para ajustar o projeto e dialogar antes da votação em plenário.
O líder do prefeito Tião Bocalom, vereador João Marcos Luz (PL), informou que a administração municipal já possui uma proposta para os servidores, que será apresentada na próxima quarta-feira, 3 de abril.
“Existe uma proposta. Falta apenas calcular o impacto financeiro. O projeto está atualmente na secretaria de Planejamento. Assim, o compromisso que estabelecemos com a categoria é que, com a chegada do projeto, prevista para a próxima semana, na quarta-feira, o Jonathan [Santiago, secretário de Gestão Administrativa] estará presente e iniciaremos o debate. O acordo é não realizar a votação na quarta-feira, mas sim aguardar mais um pouco para promover o debate necessário, pois também precisamos nos familiarizar com o projeto, e então dialogar com todos antes da votação”, declarou.
José Augusto, presidente da Associação dos Servidores Municipais de Rio Branco (Assemurb), revelou que o projeto deve ser entregue próximo ao prazo eleitoral, que se encerra no dia 5 de abril. Após essa data, devido ao ano eleitoral, não será possível introduzir projetos desse tipo na Câmara Municipal. “Isso aconteceu muito em cima da hora, o que é prejudicial para os trabalhadores, sindicatos e vereadores. Na verdade, esperávamos que a prefeitura realizasse um reajuste salarial que abrangesse o período de 2022 a 2023, mas, segundo informações de dentro da prefeitura, será concedido um reajuste apenas para 2023, correspondente a 4,62%. A categoria, no entanto, reivindica pelo menos 10,25%”, afirmou.