A profissão de piloto de drones promete bombar em 2024. Com a alta demanda, os profissionais que ministram cursos de pilotagem desses equipamentos também estão se destacando.
Segundo uma pesquisa divulgada pelo Linkedin, que classificou as profissões que cresceram de forma acelerada nos últimos 5 anos, o piloto de drones agrícolas é um dos cargos que estará em alta em 2024.
Segundo os especialistas, os drones estão se tornando aliados valiosos para produtores rurais de todos os portes, devido aos benefícios que proporcionam. Além da redução dos custos operacionais, esses equipamentos oferecem uma cobertura maior na aplicação de insumos agrícolas, como fertilizantes, e ajudam a reduzir danos causados por tratores.
A agricultura apareceu como um dos setores mais comuns onde se encontram essas oportunidades, que, basicamente, oferecem vagas em duas áreas (algumas empresas vão exigir que um mesmo piloto cumpra ambas as funções):
1.na pilotagem e configuração de drones pulverizadores, que aplicam agrotóxicos, defensivos biológicos, sementes e adubos nas plantações;
2.na condução de drones que mapeiam as lavouras para que, dessa forma, a fazenda consiga planejar a colheita, prever rendimento e perdas, além de detectar pragas e doenças;
3.Na área de pulverização, o piloto precisa, obrigatoriamente, ser aprovado no Curso de Aplicação Aeroagrícola Remota (CAAR), onde ele vai aprender a configurar drones e a manusear agrotóxicos (saiba tudo mais abaixo);
4.Já os profissionais de mapeamento costumam ter graduação em Agronomia, Geologia, Engenharia Civil e Florestal.
Em Rondônia, o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar) oferece o curso de forma gratuita com carga horária é de 40 horas e o requisito obrigatório é a pessoa ser maior de idade.
Embora as aulas abordem sobre o funcionamento dos drones, o foco principal é fornecer aos pilotos em formação conhecimento para configurar o equipamento de forma segura durante o uso para aplicação. Além disso, a maior parte da grade curricular dos cursos é sobre os agrotóxicos.
Operador de drones
Em 2023, a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) descomplicou as regras para o uso de drones no agronegócio. Os sistemas das aeronaves pilotadas remotamente destinadas à aplicação de defensivos agrícolas e fertilizantes, por exemplo, não têm mais limite de peso e podem levantar voo em áreas maiores, substituindo as aeronaves agrícolas, por exemplo. Por isso, o interesse por drones no manejo de lavouras e, consequentemente, de operadores de drones agrícolas cresceu no Brasil.
A profissão é regulamentada pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e, para atuar no segmento, é necessário passar por treinamento específico de, no mínimo, 28 horas de duração em escolas credenciadas. O salário médio inicial é de R$ 3 mil, mas com experiência e comissões por produtividade, um piloto de drone pode chegar a faturar até R$ 12 mil por mês.
De acordo com o Sindicato Nacional de Aviação Agrícola, atualmente existem no Brasil em torno de 4 mil drones registrados para atividades rurais. Josué Vieira, do Sindicato, destaca que os drones atualmente permitem que muitas áreas da agricultura, que antes não tinham acesso a tecnologias aéreas, avançaram com o equipamento.