No Boa Conversa desta sexta-feira, 1, o tenente-coronel Cláudio Falcão, coordenador da Defesa Civil, atualizou as informações sobre a cheia do rio Acre em Rio Branco e falou sobre a previsão para os próximos dias.
Segundo Falcão, mais de 60 mil pessoas já foram atingida pela inundação, ou seja, de alguma maneira tiveram suas rotinas afetadas. “O cenário é de agravamento, baseado em pesquisas e na nossa experiência. Ano passado tivemos uma reunião com vários especialistas na UFAC, as pessoas afirmavam que não teriam transbordamento em 2023. Temos a noite de hoje, sábado, até domingo, quando podemos ter uma estabilização. Creio que o rio deve ultrapassar a marca do ano passado, que foi de 17,72m, aumentando o número de pessoas desalojadas. Por outro lado, temos os igarapés retraindo”, afirmou.
O coordenador da Defesa Civil defendeu que a solução para o problema das alagações em Rio Branco é a retirada das pessoas de suas moradias em áreas de riscos. “O primeiro ponto é este, retirada de famílias. Temos que fazer também abrigos permanentes, e não mais trabalhar com abrigos provisórios. Tem pessoas que dão outras soluções também, como a montagem de barragens e mudanças no curso do rio, mas creio que em termos financeiros a retirada de famílias ainda é a melhor opção”.
Nesta sexta-feira, 1, a prefeitura de Rio Branco trabalha com 35 equipes de retirada de famílias das áreas alagadas e ampliou o espaço de abrigo no Parque de Exposição para a área de festa e estacionamento. O número de pessoas abrigadas nos locais públicos já chega quase a 2,5 mil. O nível do Rio Acre continua subindo de forma significativa em Rio Branco, impulsionado principalmente pela cheia do Riozinho do Rola, o manancial alcançou 17,40m às 18 horas desta sexta-feira, segundo informações divulgadas pela Defesa Civil.