O que aconteceu
Diniz entende que o presidente Ednaldo Rodrigues conduziu muito mal a situação. O técnico entende que ele foi injusto com quem aceitou ajudá-lo.
Fernando Diniz crê que merecia ter sido convidado para permanecer. Ele não sabe se aceitaria deixar o Fluminense para ficar definitivamente na seleção, mas ao menos queria ter sido comunicado antes do Fluminense saber.
Ednaldo conversou com Mário Bittencourt, presidente do Fluminense, na quinta-feira. O presidente da CBF só falou com Diniz na sexta.
Na ligação, Rodrigues não demitiu Fernando Diniz oficialmente. Ele já havia avisado Mario sobre a dispensa. O próprio Diniz precisou perguntar se continuaria ou não à frente da seleção depois do “não” de Carlo Ancelotti.
Ednaldo argumentou que Diniz não poderia continuar. Ele argumentou que havia prometido a Bittencourt que não atrapalharia o Fluminense.
Diniz, então, rebateu e reclamou sobre ter sido o último a saber. Esse fato incomodou demais o treinador
Falta de respaldo
Diniz amou comandar a seleção. Ainda assim, ele sente que nunca teve o apoio suficiente da CBF no contrato assinado por um ano.
Diniz entendeu que o plano de ser o técnico interino à espera de Carlo Anceloti não era o ideal. Aceitou para realizar seu sonho e por acreditar na boa vontade de Ednaldo.
No dia a dia de seleção, Diniz só via Ednaldo como superior. E, às vezes, nem isso. As decisões de cortar Antony e Lucas Paquetá das convocações, por exemplo, passaram basicamente pelo treinador e sua comissão.
Com Dorival Júnior na mira, Ednaldo já admite levar Filipe Luís como diretor. Diniz se pergunta por que não havia um diretor antes.
O incômodo é ainda maior pois Fernando Diniz é amigo de Dorival. Ao mesmo tempo que sabe que Dorival também tem o sonho de seleção, o sentimento é que a CBF colocou ambos em uma enrascada.
Visão da CBF
Ednaldo Rodrigues voltou à presidência da CBF com o desejo de definir o técnico e colocou Dorival Júnior como prioridade. Ele que a dobradinha entre Dorival e Filipe Luís pode ajudar na busca por estabilidade na seleção, principalmente pelo apoio popular.
Julio Casares, presidente do São Paulo, foi informado sobre o interesse. Uma reunião entre as partes deve ocorrer ainda no início da próxima semana.
Pessoas próximas a Ednaldo também dizem que o presidente pesou os maus resultados nas Eliminatórias. O Brasil perdeu três dos seis jogos que disputou e está apenas na 6ª colocação.
Fonte: UOL