A pesquisa do DELTA, divulgada ontem pelo ac24horas só veio confirmar o que outros institutos já tinham confirmado ao longo do ano, a liderança com folga do Marcus Alexandre (MDB), na disputa da prefeitura de Rio Branco. Chegou aos 50,60 pontos percentuais, contra 19,30 por cento do prefeito Tião Bocalom. E a diferença se alarga quando se coloca apenas ambos na cartela. Marcus foi para 61,50 contra 21,80 do Bocalom. Reafirmo o que sempre comento que não brigo com pesquisas, a não ser quando tenho certeza de manipulação. E o DELTA é um instituto que tem acertado os resultados das campanhas passadas. Registre-se, também, que a pesquisa não elege ninguém, pois retrata somente um momento eleitoral. Serve de parâmetro, sim, mas nada que se possa dizer estar uma campanha que acontecerá no próximo ano já decidida. O jogo está ainda para ser jogado. Por isso, ninguém comemore e ninguém chore pelo resultado.
PONTO A SER OBSERVADO
Mas, um ponto deve ser observado como referência. Se um candidato a prefeito aparecer vencendo todas as pesquisas na pré-campanha e chegando no ano da campanha mantendo essa liderança no decorrer do primeiro semestre, aí sim, se torna um candidato perigoso e com maiores chances de vencer. Aguardemos 2024. E o que dirão os eleitores.
NÃO PASSA SIMPATIA
Pode-se perguntar por qual razão o prefeito Tião Bocalom – que não vem sendo um gestor desastrado – não aparece nas pesquisas com altos índices de aprovação. E a resposta é simples, a sua figura não passa simpatia, espontaneidade, e não conseguiu até aqui cair na graça do eleitorado. Sempre aparece de cara amarrada. Falta uma empatia com o eleitor, o que é fundamental numa disputa majoritária por uma prefeitura.
OU ENTRA OU NÃO DECOLA
Não existe uma brecha para se atacar a moral do secretário Alysson Bestene (PP). Mas isso não é suficiente para ganhar uma eleição de prefeito. Não é eleição para Papa. Já comentei e volto a comentar, depois dessa pesquisa do DELTA, na qual teve 4,70 de índice de aprovação, baixo para quem é candidato do poder, se o governador Gladson Cameli não entrar com seus secretários, cargos de confiança, diretores e etc na rua, com presença nos bairros, o Alysson terá complicação para decolar na campanha. E o que se vê na campanha do Alysson é uma campanha de amador. Na década de 70, o Zamir Teixeira, uma figura que apareceu por aqui como candidato a senador, já dizia: “Na política do Acre, não há lugar para amadorismo”.
NÃO TERÁ ESTRUTURA
O deputado Emerson Jarude (NOVO), para quem está na campanha como franco-atirador, se saiu bem com seus 9,40 por cento de aceitação da sua candidatura a prefeito. O seu adversário é o seu partido; sem estrutura, sem aliados, e ninguém é candidato majoritário de forma solitária, porque costuma ser engolido pela estrutura dos outros candidatos.
NÃO FOI SURPRESA
O Gladson, aparecer no DELTA liderando a pesquisa para o Senado, não foi surpresa beirar os 30 por cento de preferência do eleitor. Gladson não faz uma administração que seja a oitava maravilha do mundo, mas a sua simpatia, a interação que conseguiu com a população, supera todos os seus defeitos. Estamos longe da eleição, mas é sim um forte candidato a ficar com uma das duas vagas para o Senado. A não ser que a Operação Ptolomeu tome contornos que lhe sejam desfavoráveis.
SEU NOME É CONFUSÃO
A briga entre o senador Alan Rick (UB) -presidente regional – e o deputado federal Fábio de Rueda (UB) -presidente do diretório municipal de Rio Branco – pelo comando do União Brasil tem um desfecho imprevisível.
UM LADO DA MOEDA
Na visão do senador Márcio Bittar (UB), o deputado federal Fábio de Rueda (UB) vai perder a disputa, porque vai enfrentar dois senadores, ele e o Alan Rick (UB) e um deputado federal, o Ulysses Araújo (UB), unidos. A direção nacional vai querer perder dois senadores? É a pergunta que faz.
OUTRO LADO DA MOEDA
Conversei ontem com um parlamentar que vê a briga por uma ótica diferente. Na explanação ao BLOG, que manda no União Brasil é a família Rueda. E para essa fonte ter os senadores Alan Rick (UB) e Márcio Bittar (UB) no partido, nada é a mesma coisa, porque nunca votam fechado com o governo Lula. E o UB tem três ministérios no governo do Lula. Na sua visão, se o Fábio Rueda se aliar com o MDB para indicar o vice do Marcus Alexandre ou que ele mesmo queira ser o vice, vai conseguir.
MAIS CAPÍTULOS
Mas essa é uma briga ainda sem vencedores e com novos capítulos.
CONVERSA POLÍTICA
Perguntei ontem ao deputado federal licenciado Eduardo Veloso (UB) sobre a sua mulher Rejane Veloso será a vice do Marcus Alexandre, ele foi pragmático na resposta: “Vamos conversar, política é conversa, converso com todo mundo”. Mas ressaltou não ter nada acertado.
GOL ANULADO PELO VAR
A derrubada do veto do Lula ao marco temporal ontem pelos parlamentares, comemorado, efusivamente, pela bancada ruralista vai ser como um gol comemorado e anulado pelo VAR. E que o STF já definiu pela inconstitucionalidade da matéria. E vai manter o entendimento ao ser acionado, como já está sendo, por políticos e partidos. É a lógica.
NÃO PODE SER BIRUTA
Político não pode ser biruta de aeroporto, que para onde sopra o vento vai. Assim como defendo o senador Márcio Bittar (UB) por defender pautas extremistas de direita, defendo o senador Sérgio Petecão (PSD), por votar no ministro Flávio Dino para o STF, um Juiz Federal. Político para ser respeitado tem que ter lado. Petecão teve lado. Incoerente seria votar contra o Dino para agradar os bolsonaristas.
ABRIR CONVERSA
Para o presidente do MDB, Flaviano Melo, as portas do MDB estão abertas para o União Brasil com o deputado Fábio de Rueda (UB) e o deputado federal licenciado Eduardo Veloso, sobre uma composição com o partido para a PMRB.
COMPOSIÇÃO CERTA
É certo, não existe outro rumo a ser tomado, o prefeito Bocalom deve ir para o PL e ter no palanque o senador Márcio Bittar (UB), o senador Alan Rick (UB) e o deputado federal Roberto Duarte (REPUBLICANOS). Os quatros se afinam ideologicamente na extrema-direita. Nada a criticar.
MIRA NO SENADO
O jogo do senador Márcio Bittar (UB) é ver o prefeito Tião Bocalom eleito para mais um mandato, para lhe apoiar na briga pelo Senado, em 2026. Bocalom sairia para deputado federal.
SEMPRE ACERTAM
Basta pegar um retrospecto das eleições passadas para comprovar que os institutos Data-Control e DELTA sempre acertaram suas projeções das campanhas majoritárias. Portanto, é bom encararem com seriedade suas pesquisas.
POUCOS DEBATES
A ALEAC encerra o ano legislativo hoje com a entrega de Moções de Aplauso e títulos de Cidadão Acreano. Foi um ano de poucos debates. Só veio encorpar no final, com o aumento da bancada de oposição.
SUCESSÃO NA ALEAC?
Coincidência ou não, o gabinete da vice-governadora Mailza Assis passou a ser mais frequentado por deputados. Cheiro de sucessão na ALEAC?
FRASE MARCANTE
“A campanha política é uma disputa para ver quem mais consegue enganar o eleitor”. Do anedotário mineiro.