Foi aprovada nesta segunda-feira, 11 de dezembro, a decisão de sediar a 30ª Conferência das Partes da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP 30 da UNFCCC) no Brasil, entre 10 e 21 de novembro de 2025.
A decisão foi tomada por consenso em sessão plenária da COP 28, que está sendo realizada em Dubai. Após a decisão, a ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima e chefe da delegação brasileira, Marina Silva, anunciou formalmente que a COP 30 será na cidade de Belém do Pará. Será a primeira vez que a Amazônia, bioma essencial para o combate à mudança do clima, sediará uma COP da UNFCCC.
“A Amazônia nos mostra o caminho, com sua imensa biodiversidade e enorme território ameaçado pelas mudanças climáticas. Ela nos lembra o quanto as três Convenções do Rio estão entrelaçadas nos seus desafios, mas também nas soluções sinérgicas que abarcam. Realizar a COP 30 no seio da floresta é nos lembrarmos, com força, da responsabilidade de manter o planeta dentro da nossa missão de 1,5°C”, afirmou Marina Silva.
HISTÓRICO – A candidatura para sediar a COP 30 em Belém foi anunciada pelo Presidente Luiz Inácio Lula da Silva, como presidente-eleito, durante sua participação na COP 27, em Sharm-el-Sheikh, em novembro de 2022, e endossada pelo Grupo dos Estados da América Latina e do Caribe em maio de 2023. Em agosto de 2023, Belém sediou a Cúpula da Amazônia (IV Reunião de Presidentes da dos Estados-parte do Tratado de Cooperação Amazônica, OTCA). Nesta segunda-feira decidiu-se, também, que a COP 29 será no Azerbaijão.
A COP 28, ainda em curso, deverá concluir o primeiro balanço global do Acordo de Paris. Caberá à COP 29, em, 2024, definir o novo objetivo quantificável de financiamento do clima. Até a COP 30, em 2025, os países apresentarão a segunda rodada de contribuições nacionalmente determinadas (NDCs).
A emergência climática exige de todos os países que, nos dois anos até a COP 30, redobrem esforços para implementar as NDCs já assumidas. E que, em Belém do Pará, com os meios de implementação necessários, todos os países possam anunciar NDCs mais ambiciosas.
Por: Planalto