O presidente da Federação das Indústrias do Acre (FIEAC), José Adriano, foi o convidado do Bar do Vaz desta terça-feira, 5. De acordo com ele, o ano de 2023 não foi como se esperava para os diversos setores produtivos, mas que terminou sendo possível se manter dentro de uma média razoável.
Entre os motivos para que as coisas não tenham andado conforme as expectativas, ele citou a necessidade de reacomodação dos posicionamentos políticos decorrentes da ruptura político-administrativa com a eleição do presidente Lula. “Fica tudo a ser reavaliado com a nova proposta do governo federal”, disse.
Outro ponto destacado foi a chegada de novos parlamentares no âmbito federal e o consequente reposicionamento dos discursos políticos. “O bom de tudo isso foi que dentro dessa nova forma de se adequar à realidade, o setor produtivo conseguiu algumas conquistas”, avaliou.
Entre os assuntos comentados por José Adriano, está o alto preço do metro quadrado na construção civil do Acre que, segundo ele, se explica pelo custo do transporte em razão da distância dos centros produtores de matéria-prima.
Perguntado pelo jornalista Roberto Vaz sobre a sua opinião a respeito da desoneração da folha, Adriano explicou que são 17 setores produtivos dentro da proposta, e que sobre a expectativa da manutenção de empregos nesses setores a partir dessa medida, alguns precisam saber que isso não se faz da noite para o dia.
Sobre as expectativas para 2024, José Adriano afirmou que, como brasileiro, é um otimista que não desiste nunca. Ele disse acreditar que será possível chegar ao novo ano com equilíbrio na questão econômica e com maturidade na relação com os governos, não deixando de considerar o cenário de pressão pelo cenário eleitoral municipal.
Por fim, solicitado por Vaz a passar uma mensagem para o setor industrial na reta final do ano, o empresário disse que 2024 será a hora de se esquecer que houve uma pandemia, no ponto de vista da economia, e de o governo federal mostrar ao que veio, lembrando que o Produto Interno Bruto (PIB) já esboça um começo de crescimento. “Também sonhamos com a redução da taxa Selic pensando no retorno dos investimentos”, resumiu.
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