Com a presença de autoridades e do governador Gladson Cameli (PP), foi inaugurada na tarde desta terça-feira, 21, a sede da Secretaria de Estado da Mulher (Semulher), localizada no bairro Vilage Wilde Maciel, em Rio Branco.
Segundo a gestão, o investimento na obra e entrega de veículos ultrapassa R$ 1,5 milhão, sendo uma emenda da ex-deputada federal Perpétua Almeida orçada em mais de R$ 400 mil. O local conta com sala para acolhimento psicológico com espaço infantil. O espaço será essencial na coordenação e fortalecimento de iniciativas destinadas a promover os direitos e o bem-estar das mulheres no Acre.
Durante o discurso, o governador Gladson Cameli mencionou que o objetivo será zerar os índices de feminicídio no Acre até o fim de sua gestão. “Temos que diminuir as desigualdades e proteger os direitos das mulheres. Quero dar os parabéns pelo trabalho realizado até aqui”, declarou.
O chefe do executivo acreano pediu a união dos secretários para o desenvolvimento do Estado e comemorou os dados que apontam que 52% dos servidores do governo são mulheres. “O Acre superou vários estados na queda dos índices de feminicídio, mas, vamos mudar essa realidade”.
A secretária de Estado da Mulher, Márdhia El-Shawwa, disse que a nova sede da secretaria representa uma obra arquitetônica, um local seguro e inclusivo para todas as mulheres do Acre. A gestora citou que a taxa no índice de feminicídio diminuiu em mais de 40% e que a meta é diminuir os índices no Acre. “Esta não é apenas uma construção física, mas um símbolo do compromisso do governador Gladson Cameli em proporcionar um ambiente onde as mulheres se sintam respeitadas, ouvidas e apoiadas”, explicou El-Shawwa destacando que a “entidade será um centro de referência para a luta pelos direitos das mulheres”, afirmou.
A vice-governadora Mailza Assis lamentou a violência contra a mulher e revelou que a gestão deverá vencer os desafios. “Esse é um momento de festividades e conquista, temos uma equipe treinada e pronta para trazer os benefícios a nossa classe. A violência contra a mulher é independente da classe econômica e está em todos os lugares do mundo”, mencionou.
O vice-presidente da Assembleia Legislativa, deputado estadual Pedro Longo (PDT), revelou que a nova sede vai contribuir para a melhora dos índices negativos em relação à violência contra a mulher. “Estamos sendo sensíveis a esse tema. Tenha certeza que a contribuição que estamos dando é de extrema importância para o desenvolvimento dos trabalhos. A partir da entrega da sede, vamos ver a melhora dos indicadores em favor da proteção dos direitos das mulheres”, comentou.
O deputado estadual Fagner Calegario (Podemos) anunciou a liberação de emendas para a Reabertura do centro especializado de atendimento à mulher no município de Sena Madureira. “Temos que reconhecer o trabalho das mulheres. O gabinete está de portas abertas para o desenvolvimento do Estado”.
Marcaram presença na solenidade, a vice-governadora Mailza Assis, o procurador-geral do Ministério Público, Danilo Lovisaro, o deputado estadual Tadeu Hassen, a procuradora-geral da Procuradoria Geral do Estado (PGE), Janete Melo, o secretário de governo, Alysson Bestene, o chefe da Casa Civil, Jonathan Donadoni, o secretário de planejamento, coronel Ricardo Brandão, a desembargadora Eva Evangelista do Tribunal de Justiça e demais autoridades.
Nova sede administrativa
A sede abrigará diversos serviços e programas, desde espaços para acolhimento inicial a cursos de capacitação profissional, criando um ambiente multifuncional que atende às diferentes necessidades das mulheres. Além disso, a inauguração faz parte das mais de 80 ações integradas que serão realizadas nos 21 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra a Mulher.
Os 21 dias de ativismo é alinhado ao cenário internacional dos 16 dias de ativismo, que começa em 25 de novembro, Dia Internacional de Luta Contra a Violência à Mulher, e se estende até 10 de dezembro, Dia Internacional de Direitos Humanos. No contexto brasileiro, inicia-se no dia 20 de novembro, Dia da Consciência Negra, reconhecendo que mulheres negras enfrentam violência tanto por sua condição de gênero quanto pelo racismo, além de serem as maiores vítimas de feminicídio, representando 61,2% dos casos. Por isso, amplia-se a duração da campanha para 21 dias.