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Prefeita alega perseguição e diz que não usou evento para promoção pessoal em Tarauacá

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Após o promotor justiça Júlio César de Medeiros Silva, da Promotoria de Justiça Cível de Tarauacá, do Ministério Público, ter ingressado no último dia 10 do mês corrente com Ação Civil contra a prefeita do município, Maria Lucinéia Nery de Lima Menezes, por improbidade administrativa cumulada com pedido liminar de afastamento cautelar, a gestora criticou a medida neste sábado, 18, e disse ser vítima de perseguição pelo membro do órgão controlador.


O representante do Ministério Público do Acre destacou em sua petição, que ocorreu improbidade, ou seja, desonestidade, em termo popular, por parte da prefeita em contratar shows nacionais (Amado Batista, Renanzin Pressão e Evoney Fernandes) no aniversário da cidade, e nos dois últimos festivais do Abacaxi realizado em Tarauacá.


Acerca das acusações, a chefe do Executivo frisou que tudo não passa de perseguição a uma mulher eleita democraticamente e que nunca fez nenhum tipo de promoção pessoal com recursos públicos durante o seu mandato.

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“Estamos diante de uma violência política de gênero, praticada pelo Promotor Júlio César. As ações contra a atual gestão se intensificaram após denúncia contra o promotor junto ao CNMP. Não estou me vitimizando, pelo contrário, estou lutando pelos meus direitos como mulher! Essa conduta do promotor não irá me silenciar. Todos os dias mulheres que não se comportam conforme os padrões da cultura machista, são alvos do preconceito de gênero, sendo acusadas da própria violência sofrida e pelos motivos mais pífios e superficiais”, declarou.


Por meio de sua assessoria, a prefeita ressaltou que não utiliza a administração pública para se promover, como disse o promotor. “Se for assim, todos os deputados estaduais, federais, governadores, terão que ser afastados, pois visitam obras feitas em prol da população, o que é mérito da gestão”, ressaltou.


A gestora também defendeu o marido, ex-deputado Jesus Sérgio, dizendo que ele tinha o direito de visitar obras realizadas no município, das quais destinou emendas.


Lucinéia concluiu dizendo que os ataques de Medeiros também atingem outras mulheres que fazem parte da gestão. “Essas agressões, não físicas, porém morais, ocorrem não somente comigo, mas com advogadas e secretárias, sempre visando a mulher, a diminuindo. Não por ser mulher que estou me vitimizando, sempre é assim. Para alguns, quando a mulher decide procurar os seus direitos, ela está fazendo escândalo, é descontrolada; é sempre assim, isso é muito triste porque inibe as mulheres em buscar a devida ajuda”, encerrou.


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