Depois de várias tentativas, o Bar do Vaz conseguiu, enfim, agendar uma entrevista com a vice-governadora Mailza Assis, e a conversa aconteceu nesta quinta-feira, 16. Com o sorriso e a serenidade que são suas marcas, ela discorreu sobre assuntos como a saída do Acre, onde foi primeira-dama do município de Senador Guiomard, para assumir a vaga do então senador Gladson Cameli, quando este se candidatou ao governo, além de responder às perguntas sobre a sua atuação no parlamento até chegar ao cargo de vice-governadora.
Um dos primeiros assuntos foi exatamente o desafio de sair do Quinari para o Senado Federal, a partir de 2019. Perguntada se teve algum foco específico na sua atuação ou se votou de acordo com as orientações do seu partido, o Progressistas, ela disse que, por vezes, se colocou contra o posicionamento da sigla partidária, sempre justificando os seus votos, seguindo os seus princípios e observando aquilo o que aparecia como as maiores necessidades da população.
Com uma atuação elogiada por muitos no Senado Federal, onde destinou em emendas mais de R$ 500 milhões para o Acre, Mailza disse ter se decepcionado com a resistência que houve ao nome dela para ser candidata para seguir no cargo de senadora. “Apesar de conhecer a política e saber como acontece nos bastidores, para mim foi meio chocante porque eu vi que na hora das decisões, trabalho, ética, compromisso, lealdade e fidelidade parece que não conta”, destacou.
Sobre a virada nos planos para se tornar a candidata a vice-governadora na chapa de Gladson, ela disse ter sido uma grande surpresa. Segundo ela, não houve negociação prévia para que isso ocorresse e que o convite que recebeu surgiu como opção para a “guerra” que se tornou o cenário de candidaturas ao Senado dentro do grupo político liderado pelo governador. “Eu seria candidata de qualquer jeito, então, quando recebi o convite, eu vi como uma solução”, afirmou.
Sobre o exercício do cargo de vice-governadora, Mailza foi perguntada por Roberto Vaz se a relação ocorrida entre Gladson e Major Rocha no primeiro mandato chegou a assustá-la. Ela respondeu que tinha certeza de que, no que dependesse dela, não aconteceria da mesma maneira, acrescentando que tinha segurança de que se comportaria como uma vice que se colocasse no devido lugar com o intuito de fazer uma boa política pelo estado.
Outra constatação feita por Vaz foi de que Mailza tem tido espaço e oportunidade para trabalhar no cargo de uma maneira que não costuma ser muito comum, com a vice-governadora, inclusive, representando o governador em muitos atos oficiais. “Tem sido muito tranquilo, ele tem me dado oportunidades, eu tenho tido liberdade para estar em todas as agendas, e eu acho que isso aí é um ponto que tranquiliza tanto o meu mandato quanto a gestão dele”, avaliou.
Sobre a possibilidade de ser governadora, diante de um provável afastamento de Gladson para concorrer ao Senado, Mailza disse que já pensou a respeito do assunto. “Sei que é uma árdua tarefa, eu já me preocupo e tento ver, lá na frente, como eu vou trabalhar isso, dado que é praticamente certo que ele se afaste e eu assuma. Ele tem conversado comigo e mostrado essa possibilidade, me pedindo para estar sempre acompanhando tudo, e é isso o que eu estou fazendo”, considerou.
Por fim, sobre a polêmica que envolve a “disputa” entre o atual prefeito de Rio Branco, Tião Bocalom, e o secretário de Governo, Alysson Bestene, dentro do Progressista pela indicação à disputa pela prefeitura, Mailza reforçou a postura da Executiva Municipal pelo nome de Bestene. “Ele faz parte do meu projeto, do meu grupo. É um amigo, uma pessoa muito do bem, que faz política com paixão e com lealdade, compromisso, então, não tem como eu me opor a isso”, disse Mailza, acrescentando que não conversou com Bocalom sobre o assunto.
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