O Palácio Rio Branco tenta articular de todas as maneiras possíveis a massificação do nome do secretário de governo, Alysson Bestene, perante o eleitorado no Estado, principalmente na capital Rio Branco. Aclamado pelo partido Progressista como pré-candidata a prefeito, Bestene é o candidato apoiado pelo governador Gladson Cameli abertamente, mas as buscas de ações de governo que façam com que o secretário seja reconhecido tem batido na trave inicialmente.
Apesar de ser uma espécie de governador na ausência de Cameli, e contar também com o apoio da vice-governador Mailza Assis, Alysson chegou a estudar a possibilidade de assumir o Deracre, órgão responsável por dezenas de obras em todo o Acre, mas devido principalmente a chegada do inverno e também analisando o prazo de desincompatibilização do cargo público que deve ocorrer em abril, ficaria inviável planejar um trabalho com inauguração de grandes obras e lançamento de outras.
Nos corredores do Palácio Rio Branco, o inverno foi o principal ponto a ser tratado. A estratégia não é nova e já foi utilizada com êxito pelo Partido dos Trabalhadores quando escolheu Marcus Alexandre para ser o grande tocador de obras no Estado, visando expandir a memória eleitoral de feitos, porém, foi no período de verão, com as máquinas espalhadas em ramais e obras nos quatro cantos do Estado.
Nesta quinta-feira, 28, durante o evento que marca os 60 anos da Câmara Municipal de Rio Branco, Bestene confirmou que não assumirá o Deracre. “Decidi que não vou assumir o Deracre, continuarei na secretaria de governo contribuindo com a gestão estadual em nome do governador Gladson Cameli”, declarou o gestor, pondo um ponto final a qualquer especulação, mas sem revelar detalhes.
Com Alysson fora dos planos do Deracre, o atual diretor-presidente, Sócrates Guimarães, deve ser mantido no cargo já que tem ocupado a função interinamente.