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Uma explicação necessária

Passados alguns meses, é chegado o tempo de explicar o “espírito da coisa” por trás deste espaço editorial. Inicialmente, é preciso esclarecer que a decisão de abrir e manter este espaço é fruto de reflexão. Não há uma conduta impensada, fortuita, despropositada. Há um propósito: qualificar o debate público.


Muitas vezes presos pela pressa e pelo imediatismo que a notícia sempre exigiu (em tempos de internet, muito mais), os profissionais da imprensa não têm tempo de observar (e consequentemente escrever) sobre os detalhes que as tramas políticas e econômicas constroem no dia a dia.


Há nuances que as declarações formais, calculadamente, não dizem; há gestos que, propositalmente, não se revelam em encontros formais e coletivas de imprensa. Em Política, o que não é falado também diz muito.


Um editorial, portanto, é um espaço para dizer claramente o que os cálculos de natureza política não somam. Outro detalhe que, de forma empírica, pode ser afirmado: é um tipo de texto que um profissional sem experiência teria dificuldades em manejar. Por mais técnica que o profissional tenha domínio; por mais informações que guarde no bloco de anotações, um editorial transita entre a informação e a formação. Com alguns invernos no currículo, o editorialista resolveu se enxerir.


E o leitor tem respondido à altura. Em alguns meses de trabalho, o espaço editorial tem dado o tom em assuntos importantes, com destaque para Segurança Pública e Educação. O leitor não tem apenas reconhecido isso por meio da audiência, mas oferece retorno, com sugestões e “releituras” sobre os problemas aqui apresentados.


É preciso reconhecer que os leitores de editoriais são diferenciados. Críticos por excelência, querem se entranhar na intimidade do veículo de comunicação. Em tempos de internet, é preciso fazer a seguinte ressalva: o editorial do site ac24horas diferencia-se dos grandes portais de notícia em quê?


Primeiro é preciso lembrar que os grandes portais expõem os editoriais que já mantêm na versão impressa. É assim n’O Estadão, Folha, O Globo. No ac24horas, é diferente. Na essência, pode-se argumentar que seja na versão impressa ou na versão digital, o editorial é o que é: a opinião daquele meio de comunicação sobre um determinado assunto de ordem pública ou mesmo de ordem privada, na medida em que defende os interesses do próprio jornal, site, tevê, rádio ou qualquer outro tipo de mídia informativa.


Há outro diferencial. Por estar apenas em plataformas digitais, a opinião do site aqui expressa encontra um leitor já pronto para intervir. Sim, porque o internauta não é um ser passivo. Ele quer contribuir com a construção do conteúdo. Aquilo que antes estava restrito à seção de “Cartas do Leitor”, aqui a reação é quase imediata à leitura.


Essa é uma diferença importante. Houve um tempo que, diante de um determinado fato, o leitor já criava uma expectativa: “o que será que ‘o meu jornal’ vai pensar sobre isto amanhã?” Havia essa relação. Havia essa “sensação de intimidade”. Isso se quebrou. Mesmo porque aquela “intimidade”, na verdade, expunha um distanciamento entre o jornal e o leitor.


Atualmente, sobretudo com a atuação das redes sociais dos próprios jornais e sites, o próprio leitor interfere diretamente, opina, contesta. Antenada, a direção do jornal ou site já retira dessa opinião o tom do editorial de amanhã e as pautas para hoje.


O fato é que tem sido uma experiência exitosa que a direção do site ac24horas precisava compartilhar com quem mais interessa. Era uma explicação necessária que a rotina frenética dos fatos políticos não permitia. Vida longa!


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