O promotor de direitos humanos do Ministério Público do Estado do Acre (MP-AC), Tales Tranin, revelou na manhã desta sexta-feira, 14, que deverá abir uma investigação para apurar uma denúncia de crime de tortura contra um deficiente físico no pavilhão O do presídio Francisco de Oliveira Conde (FOC), em Rio Branco.
De acordo com o promotor, durante uma vistoria, ele soube que no último dia 29 de junho, no pavilhão O, um cadeirante estava passando mal, momento no qual os demais detentos começaram a bater grade – no intuito de chamar a atenção dos polícias penais. Porém, o grupo especializado da Polícia Penal, denominado GPOI, ao adentrar na cela acabou atirando com bala de borracha no pé do deficiente que precisou ser levado ao Pronto-Socorro da capital pra fazer a remoção do projétil.
Em virtude da conduta dos policiais, Tranin garante que decidiu tomar as providências cabíveis sobre o assunto – oficializando a promotoria de combate a tortura e a Corregedoria da Polícia Penal. “É inadmissível um cadeirante, com sonda, levar um tiro à queima-roupa de um policial. Que ameaça essa pessoa estaria fazendo?”, indagou.
Verdão da direção do Iapen-AC
Acerca da situação, o diretor-presidente do Iapen-AC, Glauber Feitosa, disse que o episódio ocorreu nas dependências do presídio e que as providências necessárias já estão sendo apuradas. “Já tomamos ciência dos fatos, o grupo entrou em intervenção e houve o fato e a corregedoria vai apurar os fatos. O promotor fez a vistoria e vamos prestar todos os esclarecimentos e estamos agindo”, explicou o gestor.