A área sob alerta de desmatamento caiu 31% na Amazônia e aumentou 35% no Cerrado de janeiro a maio em relação ao mesmo período de 2022, segundo dados do Deter, sistema do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). O Ministério do Meio Ambiente realizou entrevista coletiva nesta quarta-feira (7/6) para apresentar os dados e ações realizadas.
Na Amazônia, 20 municípios concentraram 55% do desmatamento verificado de janeiro a maio: 8 de Mato Grosso, 6 do Amazonas, 4 do Pará, 1 de Rondônia e 1 do Roraima. Quase metade (46,5%) do desmatamento ocorreu em áreas inscritas no Cadastro Ambiental Rural (CAR).
Entre as medidas aplicadas desde janeiro para controle do desmatamento no bioma, houve alta de 179% dos autos de infração, de 128% dos embargos, de 107% das apreensões e de 203% das destruições de equipamentos usados em crimes ambientais. O aumento da fiscalização ocorreu de janeiro a maio na comparação com a média para o mesmo período nos últimos quatro anos.
Também houve o cancelamento de 1,6 milhão de m³ de créditos ilegais de produtos florestais no sistema federal de controle; apreensão de gado em áreas embargadas por desmate ilegal; aplicação de embargo remoto em áreas públicas federais; e cancelamento, suspensão ou identificação de pendência em todas as áreas inscritas no CAR com sobreposição em Terras Indígenas, Unidades de Conservação e Florestas Públicas Não Destinadas, entre outras medidas. Desde janeiro, não há registros ativos de imóveis rurais no CAR sobrepostos a Terras Indígenas.
A queda de 31% da área sob alerta de desmatamento na Amazônia ocorreu após aumento de 54% de agosto a dezembro, no governo anterior.