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Oposição diz que vê nuvens pesadas sobre Gladson e base rebate: “não encontraram nada”

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A operação Ptolomeu, da Polícia Federal, que recentemente teve medidas cautelares e investigação renovadas por mais 180 dias com autorização do Superior Tribunal de Justiça (STJ) pautou o debate na Assembleia Legislativa nesta terça-feira, 20. O deputado Edvaldo Magalhães (PCdoB), líder da oposição, disse que esteve ausente na Aleac em virtude de agendas no Vale do Juruá e não viu ninguém tratando de um fato relevante no Acre, de que a ministra Nancy Andrighi, relatora da ação, aceitou o pedido do delegado responsável pela investigação.


Segundo Magalhães, quem leu a peça do Ministério Público Federal ficou preocupado com o que ali está escrito. “Esse é um debate que não interessa fazer nesta Casa. No bastidor esse assunto está quente. É um problema grave a decisão de prorrogação, paralisa obra e gera problemas, mas quais medidas o governo toma para superar isso e não deixar as coisas paralisadas?”, questionou


Edvaldo lembrou os afastamentos de secretários, como Rômulo Grandidier, o diretor do Deracre, Petronio Antunes, e as teorias de conspiração deixam o Palácio Rio Branco inquieto. “Sobre o Palácio tem muitas nuvens pesadas, carregadas. Especula-se que passarinhos vão cantarolar. Tem até ameaça de delação para tirar proveito”, disse, afirmando que chantagistas deveriam ser denunciados e punidos.

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“O clima prejudica o Estado. A culpa da paralisação de obras é de quem estava superfaturando. As provas são robustas. A traqinagem foi tanta que há excesso de serviço a ser feito. O desfecho não será nada bom para o Palácio Rio Branco”, frisou Edvaldo.


Com ausência da líder do governo Michele Melo (PDT), coube aos deputados Tanizio Sá (MDB) e Marcus Cavalcante (PDT) fazer a defesa do governador.


“Pediram mais prazo porque não encontraram nada”, disse Tanizio. Ele considera que ter a pauta no Parlamento não é boa coisa. “Não podemos torcer para que tenha uma desgraça”, disse.


Em aparte, Magalhães disse que a grande sorte do governador Gladson Cameli, que o tempo da lei de Sergio Moro acabou no Brasil. “Se tivesse caído nas mãos de Sergio Moro teria sido preso”.


Tanízio reafirmou presunção de inocência no caso. “Acredito que existe inocência ou caso contrário os crimes já teriam vindo à tona”, disse. “Vamos encerrar esses fatos que o Acre precisa trabalhar”, disse.


Já Marcus afirmou que o processo contra o governador Gladson Cameli se arrasta há dois anos, onde, diz ele, não existe sequer indiciamento. “Não existe ainda um processo formalizado. Mas há quem ache que já está finalizando. O governador vai apresentar as provas no momento correto”, disse.


“Acho que está tendo dor de cotovelo aí, pois o governador tem o povo ao lado dele. A oposição não tem sequer um deputado federal, um senador. O PT não tem sequer um vereador na capital. Cada vez que bate no governador ele fica mais forte. Veja o resultado da pesquisa e não vamos prejulgar ninguém”.


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