Os futurologistas do passado, quando tentaram adivinhar como estaríamos vivendo hoje, apostaram quase todos em um item em comum: carros voadores. Basta olhar através da janela mais próxima para ver que as previsões não se confirmaram.
O mais próximo que temos disso, no entanto, é uma aeronave que a Embraer acabou de testar em um túnel de vento na Suíça: o eVTOL, feito pela subsidiária Eve, que quer evitar o termo “carro voador” para descrever o veículo.
Como funciona
Sigla eVTOL significa, em inglês, decolagens e pousos verticais. A letra e é para dizer que o veículo é elétrico.
Para levantar voo e sustentar um pouso suave, o eVTOL utiliza rotores como os de helicóptero, mas, para voar, tem asas como um avião.
O motor elétrico tem menor alcance que um helicóptero a gasolina de aviação ou querosene, logo, o objetivo é fazer viagens curtas dentro de grandes cidades o até municípios vizinhos. A autonomia estimada hoje é de 100 km.
O custo de viagem também deve ser menor. A empresa não tem ainda os valores definidos, mas afirma que, sem o custo de combustível, o custo de uma viagem será bem menor que um helicóptero.
A ideia da Eve não é vender os eVTOL para particulares, mas oferecer um serviço de compartilhamento ou táxi aéreo através de empresas parceiras.
O objetivo da Eve é começar a operar em 2026 no mundo todo.
A aeronave será pilotada no lançamento, mas projetada para operações autônomas no futuro.
Um estudo da Embraer estima que até 2035, só no Rio de Janeiro, a circulação seja de 245 eVTOLs em mais de 100 rotas e 37 vertiportos (infraestrutura para pouso e decolagem dos aparelhos) para 4,5 milhões de passageiros por ano.
Simulações de uso das aeronaves foram feitas no Rio de Janeiro e em Chicago, nos Estados Unidos.