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MPAC realiza estudo sobre áreas de risco em Rio Branco para cobrar soluções efetivas

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O Ministério Público do Estado do Acre (MPAC), por meio do Núcleo de Apoio Técnico (NAT), realizou na tarde desta terça-feira (18) a primeira etapa de uma vistoria, em parceria com a Defesa Civil Municipal, com o intuito de fazer um levantamento das áreas de risco iminente de desabamento de edificações em Rio Branco após a cheia do rio Acre e enxurradas de igarapés.


A vistoria foi realizada por uma equipe da Coordenação Técnico-Científica do NAT, que percorreu os bairros Taquari, Cidade Nova, Cadeia Velha, 6 de agosto, Ayrton Sena, São Francisco, Mocinha Magalhães e Edson Cadaxo. Segundo o último levantamento da Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais (CPRM), empresa pública que promove mapeamentos e divulga informações geológicas e hidrológicas, existem na capital um total de 6.534 edificações em risco, com 26.756 pessoas que podem ser atingidas por desmoronamento.


De acordo com a coordenadora-geral do NAT, promotora de Justiça Marcela Ozório, o MPAC já monitora e alerta há anos sobre o risco dessas áreas e a necessidade de ações efetivas. No entanto, embora tenham sido tomadas medidas como a retirada de pessoas e derrubada de residências em alguns locais, não houve uma fiscalização efetiva por parte do poder público para impedir que famílias voltassem a morar nessas áreas.

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No último domingo, seis casas em situação de risco desabaram no bairro Cidade Nova após a chuva que caiu na madrugada. “Temos várias situações de pessoas que ganharam casas na Cidade do Povo, por exemplo, mas que venderam essas casas e voltaram para áreas de risco. E essas casas que desabaram no último final de semana já haviam sido indicadas como sujeitas a essa situação”, destaca a coordenadora do NAT.


O estudo que vem sendo realizado pelo NAT, além de indicar uma faixa segura para que se mantenham edificações nessas regiões, também visa promover um levantamento preciso dos moradores e dos problemas que ocasionam as inundações, como a falta de limpeza dos rios e ocupação irregular de áreas de preservação permanente.


“Estamos catalogando todos os problemas para, em seguida, reunir as instituições responsáveis e impulsionar ações. Não podemos mais permitir que a nossa sociedade sofra ao longo de todos esses anos reiteradamente com a mesma situação, sem que nada seja feito. Por isso, vamos cobrar medidas mais efetivas para evitar que as pessoas estabeleçam moradia nessas áreas de risco”, frisou Marcela Ozório.


Com informações da assessoria do MPAC.


Crédito da foto: Willian Crespo/MPAC


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