O autônomo Cícero Ribeiro Araújo, morador de Sena Madureira (AC), foi vítima de estelionatários que aplicam o “Golpe Premiado”. Na mensagem recebida por ele, a informação era de que havia um prêmio em seu nome no valor de R$ 33 mil.
Sem perceber qualquer possibilidade de crime, Araújo seguiu as orientações do criminoso que falava ao telefone. Segundo o negociador, seria necessário realizar um deposito, em dinheiro, numa conta específica. Isso seria para custear os impostos necessários para a liberação do prêmio.
Desejando a “bolada” que havia sido informada, a vítima tomou dinheiro emprestado. O valor era de R$ 1.300. Cícero depositou o dinheiro em uma conta corrente.
“Ele tinha uma conversa firme, atestando que no meio de milhões de pessoas eu tinha sido sorteado. Tirei de onde não tinha visando receber o prêmio e acabei sendo enganado. O sentimento é de muita revolta, mas infelizmente aconteceu”, relatou.
Somente após realizar o depósito foi possível identificar que tudo se tratava de uma mentira para enganar Cícero. “Ele ligava direto pra mim, a todo instante. Depois do depósito, retornei a ligação, mas só dava na caixa postal”, lembrou.
Para enganar as pessoas, os golpistas planejam cada detalhe da mensagem. Quem lê, percebe que elas imitam o modelo proposto por programas de televisão. Colocam nome das empresas, slogas e dão instruções para as pessoas seguirem um procedimento fictício para chegaram ao “prêmio”.
ESTELIONATO
Assim como Cícero, não é todo mundo que tem o cuidado de verificar as informações antes de depositar os valores solicitados, quando recebem esse tipo de mensagem. O estelionato consta no Art. 171 do Código Penal, que diz: “Obter, para si ou para outrem, vantagem ilícita, em prejuízo alheio, induzindo ou mantendo alguém em erro, mediante artifício, ardil, ou qualquer outro meio fraudulento. A pena pode chegar a cinco anos de cadeia”.
O QUE FAZER
Segundo a Justiça, quem for vítima desse tipo de golpe pode registrar um Boletim de Ocorrência em qualquer delegacia do Acre.