Na manhã deste domingo, 28, a cúpula do governo do Estado do Acre e da prefeitura de Rio Branco, receberam os ministros Waldez Góes, da Integração e do Desenvolvimento Regional, e Marina Silva, do Meio Ambiente, no saguão do Aeroporto Internacional de Rio Branco para tratar das cheias dos igarapés e do Rio Acre.
Em seu pronunciamento, o governador Gladson Cameli, fez questão de enaltecer o apoio do governo federal e reforçou a união das forças políticas em prol dos atingidos pela cheia. “Só temos um objetivo, ajudar os necessitados e temos que achar soluções. Espero que possamos nos encontrar novamente em uma situação mais alegre, sejam bem vindos”, ressaltou.
Ao usar o dispositivo, o ministro Waldez Góes revelou que veio ao Acre dar continuidade aos trabalhos de ajuda humanitária à população da capital e, sem citar valores, deixou claro que o governo Lula vai destinar recursos financeiros para as famílias que foram atingidas em Rio Branco, no caso, mais de 8 mil, com base em dados da Defesa Civil. Segundo ele, o presidente Lula tem responsabilidade com a defesa civil. “Já colocamos a parte do planejamento, desde o decreto de emergência. Sempre no primeiro dia de desastre, colocamos uma equipe técnica para responder a todos, respeitando a lei. Logo publicamos o decreto no DOU”, explicou, revelando que deverá realizar visitas em pontos estratégicos da capital.
O prefeito de Rio Branco, Tião Bocalom, lamentou a enchente ocorrida e agradeceu a presença da comitiva do governo federal para dar o suporte financeiro às famílias atingidas. “Graças a Deus não tivemos vítimas fatais. Estava em Manaus e soube da enchente e, infelizmente, não pode retornar”, comentou agradecendo a parceria com o governo do Acre.
A acreana e ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, fez agradecimentos a cúpula do governo e à prefeitura pela agilidade nos trabalhos prestados à parte do município. Além disso, a ministra revelou que cancelou uma viagem à China em decorrência do estado de saúde do presidente Lula e resolveu vir ao Acre prestar solidariedade. “O plano é móvel, começa com o que é emergencial. Logo que começou o dia falei com o ministro Valdez, haja vista que minha família mora na Cidade Nova”, ressaltou.
Silva contou ainda que devido a falta de cuidado com o meio ambiente, mais eventos catastróficos devem ocorrer nas cidades. “Antes tínhamos uma cheia e havia um período para ocorrer novamente, agora deve ser constante, infelizmente”, declarou.
“Em casos extremos, temos que falar na remoção das famílias. Em alguns lugares o problema é excesso de chuvas, outros, a seca. É importante a parceria com o governo, prefeitura e governo federal. Temos que fazer a ajuda humanitária e medidas de longo e médio prazo para não vermos pessoas perdendo a vida, me sinto muito tocada nessa situação”, argumentou Marina.
Estiveram presentes na agenda, os senadores Alan Rick e Sérgio Petecão, o deputado estadual Edvaldo Magalhães e o deputado federal coronel Ulysses Araújo, além da equipe governamental do Estado e prefeitura da capital.