O número de estrangeiros que chegam ao país pelo município de Assis Brasil, na fronteira com o Peru e a Bolívia, voltou a crescer nos últimos dias.
Preocupados com a situação, diversas entidades, inclusive o governo do Acre, realizaram uma reunião nesta quarta-feira, 8, para discutir o crescente fluxo de entrada de migrantes no estado.
O Acre enfrentou uma crise migratória que teve seu auge entre os anos de 2010 a 2015 quanto estima-se que mais de 50 mil imigrantes, principalmente haitianos, tenham entrado no Brasil pelo estado.
No encontro, junto às questões discutidas, foi apresentado um relatório situacional pela Secretaria de Assistência Social de Assis Brasil, município que apresenta maior fluxo migratório. Foi proposta ainda a criação de três grupos de trabalho – segurança, acolhida e instrução de saúde -, que serão responsáveis por reportar informações à Justiça Federal.
O titular da Seasd, Lauro Santos, irá até Assis Brasil na quinta-feira, 9, para verificar a situação e dialogar com as autoridades, levando, também, mantimentos ao local.
O gestor recomenda aos acreanos que evitem o deslocamento para o Peru, pois o país passa atualmente por conflitos internos geradores de instabilidade política. “Não temos segurança jurídica para garantir o trânsito e depois a repatriação de brasileiros no território peruano”, alertou.
Estiveram presentes na reunião representantes do Conselho Estadual de Assistência Social (Ceas/AC), da Casa Civil, da Polícia Rodoviária Federal, do 4° Batalhão de Infantaria de Selva, da Secretaria de Estado de Saúde, da Polícia Militar, da Secretaria Municipal de Assistência Social e Direitos Humanos de Rio Branco e do Ministério Público do Estado.
