O segundo jogo do Grupo F, entre Irã e Nigéria, abusou dos erros e irritou o público do estádio Arena da Baixada, em Curitiba. Além do baixo índice técnico, com 0 a 0 no placar (primeiro empate da competição), a partida é forte candidata a uma das piores da Copa. Os africanos eram melhores, tentavam pressionar, mas falhavam nos passes e nas finalizações. As duas seleções dividem a chave com Argentina e Bósnia, que jogaram domingo, com vitória sul-americana por 2 a 1.
Entre as poucas emoções da partida, aos 8 minutos o nigeriano Onazi aproveitou bola rebatida na entrada da área e bateu rente à trave do gol iraniano, que estava vazio. A seleção da Nigéria dominava o meio de campo, enquanto o Irã parecia feliz com o empate.
As seleções foram para o intervalo vaiadas por parte da torcida – e a reação do público voltou a ser ouvida algumas vezes após o intervalo. O segundo tempo tinha obrigação de ser melhor que o primeiro, mas não foi.
O Irã, fechado na defesa, assustou logo aos 4 minutos da segunda etapa, quando Ghoochanneijhad recebeu na entrada da área e chutou à direita do gol. A tática dos contra-ataques era mesmo a melhor para os asiáticos. Aos 18, a seleção roubou a bola em sua defesa e partiu rápida para o campo da Nigéria (eram três jogadores do ataque contra dois defensores), mas não deu em nada.
Os nigerianos seguiram a toada de toda a partida até o fim do segundo tempo: mais fortes, roubavam facilmente a bola, saíam rápido da defesa para o meio, apareciam livres, mas o passe pouquíssimas vezes chegava no pé de um atacante.
Aos 30, Mikel fez bela jogada, driblou bem um adversário, ajeitou o corpo, preparou a bomba de fora da área, mas bateu fraco demais, quase um recuo para o goleiro Haguigui.
Diante de tantos erros, o placar de 0 a 0 era mais do que justo.
As duas seleções voltam a jogar no próximo sábado. A Nigéria enfrenta a Bósnia, e o Irã desafia a líder do grupo, Argentina.