A menos que quebre o protocolo, a presidente da República, Dilma Rousseff, não fará qualquer pronunciamento antes da partida de abertura da Copa do Mundo, marcada para as 17h de hoje, na Arena Corinthians, entre Brasil e Croácia. Quem garante é o ministro do Esporte, Aldo Rebelo.
“Tudo tem seu lugar e não existe motivo para presidente da República falar em jogo de futebol”, afirma Aldo, sem esconder que a sonora vaia que Dilma recebeu no jogo inaugural da Copa das Confederações, no ano passado, pesou na decisão de se calar neste momento.
Dilma foi apupada por quase 70 mil pessoas no estádio Mané Garrincha, em Brasília, pouco antes de o Brasil vencer o Japão por 3 a 0. Ela pegou o microfone das tribunas da arena e ao tentar falar, era duramente vaiada. “Aquilo foi orquestrado por gente ligado à política. E sei disso porque estou sempre em Brasília e conheço vários dos que organizaram”, assegura o ministro, reconhecendo que a eleição presidencial, em outubro, seria um prato cheio para novo protesto — Dilma vai tentar a reeleição.