Coronel da reserva da Polícia Militar do Estado do Acre, Ulysses Araújo concedeu entrevista ao Bar do Vaz na tarde desta quarta-feira, 26, onde falou sobre sua eleição ao cargo de deputado federal pelo União Brasil nas eleições deste ano. Ele agradeceu ao povo do Acre por ter depositado confiança em seu trabalho ao longo de três décadas como militar.
Segundo ele, a estratégia empregada durante a última campanha envolveu a formação de novas lideranças, pessoas da base e integrantes da força de segurança pública e privada. “Devo muito a essas pessoas. Não conseguiria sem elas e tenho certeza que a população conseguiu enxergar nosso trabalho”, afirmou.
Questionado pelo jornalista Roberto Vaz sobre uma suposta rivalidade entre ele e Major Rocha, perante a classe militar, Ulysses negou qualquer movimento nesse sentido. “Não busquei a tropa com essa intenção, mas ela sabe reconhecer o trabalho que temos realizado dentro da segurança pública”.
Para o coronel, ambos não são opositores, mas externam pensamentos diferentes. “Desejo a ele [Rocha] toda sorte”. Ulysses relembrou sua campanha derrotada ao governo do Acre, quando disputou com Marcus Alexandre e Gladson Cameli. “Não tínhamos fundo partidário, nem recursos. Ainda assim alcançamos ainda 45 mil votos. O partido me mandou R$ 30 mil e alguns nos tratavam com desdém”.
De acordo com o deputado federal eleito, não é o dinheiro que manda: “quem manda é o povo e a população hoje tem despertado para a política, optando por pessoas que tenham serenidade, caráter e que realmente se doam para a população”.
Ele diz que sua relação com o candidato à reeleição na presidência, Jair Bolsonaro, é antiga. “Vem desde o meu pai, que serviu ao exército com ele. Atrevo a dizer que fui o primeiro acreano a prestar meu apoio a ele”. Ulysses não acredita na eleição de Lula. “Acredito que Bolsonaro vença o pleito, mas estamos preparados para ser situação ou oposição. Vou ser um fiscalizador pesado caso Lula seja eleito”.
O militar garante que se dispôs a ser deputado federal tendo em vista a atual situação que o Acre vivencia. “Questões de saneamento básico, emprego, sustentabilidade, tudo isso me atraiu para tentar fazer algo e tentar melhorar esse tipo de situação”.
O representante do União Brasil quer investir na educação e geração de emprego, a fim de ajudar a reduzir os índices de violência. “Quero trabalhar com os 22 municípios com emendas parlamentares. Temos que ter um olhar para cada um deles”, concluiu.
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