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Sessão da Aleac é marcada com discussões por Lula e Bolsonaro

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A sessão da Assembleia Legislativa desta quarta-feira, 19, foi marcada por discussões a cerca da disputa presidencial no segundo turno das eleições de 2022 entre o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o atual presidente Jair Messias Bolsonaro (PL) e a precariedade da BR-364, cujo os recursos estão escassos para sua manutenção.


Primeiro a subir na tribuna da casa, o deputado petista Daniel Zen condenou a onda de fake news contra a campanha de Lula à presidência da República, incluindo a de que ele fechará igrejas. “Foi Lula quem sancionou a Lei da Liberdade Religiosa e como alguém tem coragem de criar uma fake news dessas?”, disse o parlamentar citando outras mentiras envolvendo o ex-presidente. Para ele, trata-se de uma tática sórdida, suja e maniqueísta. “Esse jogo sujo, imundo, injusto ao invés de falar dos feitos e propostas se dedica a desancar, a destruir a imagem do adversário”, disse Zen, criticando duramente a Justiça Eleitoral. “Hoje, virou uma verdadeira indústria com postagens de impulsionamento pago, usando a big data e algoritmos, que recebem mensagens personalizadas. Isso é crime”, afirmou.


O deputado do PT também fez referências ao fascismo e à Alemanha nazista, precursores de frases hoje utilizadas. “Vamos abrir o olho, prestar atenção nas coisas que se defendem”, disse o deputado afirmando que a vitória de Lula no primeiro turno é a prova de que as pessoas querem se sobrepor nessa situação. Para o petista, “a fortuna da família Bolsonaro é suspeita” e ele pediu para que o povo se liberte disso.

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Em reação ao discurso petista, o deputado Roberto Duarte (Republicanos) rebateu Zen, ironizou o fracasso do PT e chamou Lula de “ex-presidiário”. O republicano contrapos o discurso do colega afirmando que o “ex-presidiário diz que criou a Lei de Liberdade Religiosa. Na verdade ele sancionou a lei de autoria Paulo Gouveia, do PL”, disse.


“A mentira está lá e a gente está mostrando. Sou contrário às mentiras e fake News e há que se falar em corrupção porque defender um ex-presidiário falando nisso”, disse Duarte, citando os casos de corrupção nos governos do PT. “Se não houve corrupção porque o dinheiro do petrolão foi devolvido? O ex-presidiário obteve mais de 90% dos presidiários deste país, dos seus colegas… o Acre já deu exemplo para o Brasil e no primeiro turno e vamos chegar a 75% da população do Acre quem deve dirigir esta nação”, garantiu o deputado, ironizando o fracasso eleitoral do PT nas eleições.


“Vamos ter no ano que vem a voz no Congresso Nacional mostrando para o Brasil. Hoje o Congresso está ligado à centro-direita e à direita, alinhado com o presidente Bolsonaro. O Brasil está no melhor momento agora e vamos mostrar à nação o que podemos fazer pelo país”, completou Duarte.


Tentando mudar a temática do debate presidencial, o deputado Gerlen Diniz (PP) disse que a BR-364 está em situação de calamidade. “Neste momento, dezenas de pessoas estão utilizando a rodovia e enfrentando grandes dificuldades. Nós estamos no final do verão, começando as chuvas… imagine a dificuldade que será fazer manutenção no inverno”, disse o parlamentar alertando para o risco da rodovia fechar no inverno. Ele quer mobilização total para que os recursos cheguem em regime de urgência para que o Dnit faça a recuperação que a BR precisa. “Taxistas, toioteiros, cidadãos comuns estão sofrendo. A Aleac já se mobilizou mas o recurso que veio foi muito pouco”, disse, lembrando que o que foi recuperado já está destruído. “É necessário controlar o peso dos veículos que trafegam pela rodovia ou caso contrário é rasgar dinheiro tentando melhorar a BR”.


O deputado Jonas Lima (PT) criticou também a situação da BR-364, considerando que a questão da rodovia está nas mãos dos parlamentares com mandato. Em seguida, ele criticou duramente o colega Roberto Duarte pelas palavras rígidas contra o ex-presidente Lula, afirmando que irá votar no 13 e observando que os partidos de direita não tem coragem de vir a público dizer que não gosta da população pobre. “Infelizmente a população do Acre nunca reconheceu o Acre, mas trata-se de zero vírgula não sei o que do eleitorado…”, disse o petista minimizando a força do eleitorado acreano no cenário nacional.


“O PP é o partido mais corrupto, mais envolvido em esquemas. Foram eles quem fizeram a verba secreta e se isso não é roubo…A sociedade acreana tem de aprender a votar. Deputados que tinham de voltar para a Aleac não voltaram por causa de dinheiro. A sociedade vai sofrer”, projeta Lima, questionando as intenções do atual presidente da República. “Hoje, Bolsonaro é um bibelô porque quem manda é o presidente da Câmara”.


Já a deputada Antônia Sales (MDB) afirmou que houve uma mudança na temperatura da sessão por causa da campanha eleitoral para presidente da República. “Pelo que ouvi, os debates, a notícia é quem rouba mais, quem mente menos. Pelo amor de Deus, não escutamos mais nada. Queremos saber como está o povo da Ucrânia, o que se faz para nossas mulheres…”, disse Sales, citando alguns exemplos do que poderia ser debatido ou noticiado. Ela também condenou a postura das igrejas e afirmou que é necessário respeitar o voto de cada um. “O Vagner (Sales) diz que quando tem dois piores, escolhe-se o melhor do pior”.


Em outro tema, a deputada diz que usa muita a BR-364 ao relatar que uma mulher pegou um ônibus em Cruzeiro do Sul com vários passageiros que viajam para tratamento de câncer. “Não tinha água, algo desumano e devemos culpar o governo federal que não envia dinheiro ao Dnit e os nossos representantes federais”, disse. Ela pediu mobilização aos eleitos porque a estrada precisa dos esforços de todos.


Zen: “Bolsonaro tá se cagando de medo”

Não satisfeito com as colocações de Duarte sobre Lula, Zen reagiu novamente na tribuna da casa afirmando que é no mínimo curioso os bolsonaristas chamarem Lula de ladrão. “Ele foi investigado e injustamente condenado. Cumpriu a pena e isso não diminui sua conduta porque era um preso político como tantos outros ativistas que lutaram por melhorar a vida das pessoas”, disse o petista completando que os processos contra Lula foram anulados.


Advogado, Zen explicou que há omissão nessa narrativa porque o próprio Ministério Público Federal não quis representar processos. No caso do sítio de Atibaia, a juíza não recebeu a denúncia reapresentada por insuficiência de provas. “Não havia provas suficientes para reiniciar o caso, portanto Lula é inocente. Os diretores da Petrobras que foram indicados pelo Progressistas tinham realmente contas a pagar com a Justiça e foram condenados. O Lula já fez o acerto de contas com a Justiça, mas o Bolsonaro ainda não fez e vai fazer. Vai precisar de muito latim para explicar os desmandos dele. São elencados casos como os sigilos de 100 anos, rachadinhas, práticas antidemocráticas e a compra de 107 imóveis, sendo parte em dinheiro, entre muitos outros processos. Bolsonaro tá se cagando de medo. Por isso a indústria de fake news está tão forte”, disse Zen, rechaçando as mentiras que são usadas para difamar adversários, como ideologia de gênero, WC unissex, mamadeira de piroca e outras fake news.


Para finalizar, o deputado Roberto Duarte retomou a questão de ideologia de gênero pregada pela esquerda. “A gente se coloca contrário a essa ideologia”, disse.


Em parte, o deputado Vagner Felipe (PL) disse que dia 30 o cidadão vai decidir quem elegerá, e pastor e padre têm o mesmo direito e podem se posicionar. “Acredito que Lula se elegendo não vai fechar igreja. Tem muita mentira, fake News dos dois lados e não há problema na igreja evangélica, cuja maioria apoia Bolsonaro”, disse.

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Quanto à BR 364, Duarte disse que a bancada atual não fez o trabalho e deixou que a situação da rodovia chegasse ao ponto em que chegou. “Vamos cobrar do governo federal e alocar emendas para a BR”, disse, afirmando que neste ano é possível aos atuais parlamentares federais alocar dinheiro no orçamento 2023 para a BR 364. “Já era para terem feito no início do mandato, mas não o fizeram. Infelizmente, a gente tem de colocar a realidade e vamos brigar pela BR”, disse.


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