O secretário estadual de Segurança no Estado do Acre, coronel Paulo Cézar, foi o entrevistado do programa Bar do Vaz desta terça-feira, 18, transmitido pelo ac24horas e comandado pelo jornalista Roberto Vaz. Ele comentou a denúncia de que uma organização criminosa estaria envolvida numa invasão de terra no bairro Irineu Serra, em Rio Branco.
Paulo Cézar garante que colocou equipe de inteligência para apurar se a denúncia procede ou não. O secretário já tinha conhecimento da invasão em área do Estado, mas, até então, a Seplag estava à frente da procura de mais informações.
De acordo com o coronel, se a denúncia procede, além do processo cível para reintegração de posse da área, haverá investigações para alcançar as pessoas que possam estar envolvidas no caso.
“As organizações criminosas estão presentes em todos os estados brasileiros e comandam a distribuição de entorpecentes em países andinos, e também no Paraguai”, disse. Segundo ele, o Acre estabeleceu uma estratégia de combate a essas organizações.
“Quando assumimos, 72% dos crimes patrimoniais e contra a vida se concentravam na capital. Rio Branco era a segunda capital mais violenta. Tivemos que agregar tecnologia e efetivo. Agora, o governo deve chegar ao final da gestão com um olhar para o campo”, garantiu o secretário.
A secretaria de segurança pretende ainda implantar o patrulhamento rural no estado, apoiada por uma delegacia itinerante rural. “Com essas ações, vamos dar uma resposta adequada. Houve uma migração, é um fenômeno que está ocorrendo em todo o país, sobre a região de atuação das organizações criminosas”.
O órgão celebra a redução no número de assassinatos com arma de fogo. “Rio Branco deixou de vivenciar fatos que eram lastimáveis e crimes bárbaros, assassinatos em série. Houve investimento importante, envolvendo todo o estado”, afirmou. Paulo César revelou que até o próximo mês de dezembro, o Acre deve receber o segundo Centro Integrado de Comando de Controle de Fronteira para ajudar no combate aos crimes transfronteiriços, além de implementar 17 pontos de reconhecimento facial.
Veja a entrevista: