O GOVERNADOR GLADSON CAMELI terá no segundo mandato, um cenário interno altamente favorável para montar uma equipe de secretários competentes, sem aceitar pressões para transformar a sua gestão numa espécie de Capitanias Hereditárias, cada uma com o seu donatário político independente do poder central. A sua eleição foi solteira, nenhum político pode se arvorar que foi o responsável.
Vamos colocar tudo no campo real: antes da pandemia, o governo era uma balbúrdia administrativa; exatamente, por ter entregado várias secretarias de porteira fechada para grupos políticos. Isso levou a esses secretários terem mais compromisso com o político que lhe indicou do que com o próprio governador. E, foge no momento até o alto número de secretários que foram trocados neste período.
O primeiro ponto que o governador Gladson tem de adotar é o de exercer a sua autoridade de escolher a sua equipe de secretários, sem nenhum político lhe colocar a faca no pescoço. Existe todo um segundo escalão para ser ocupado pelos políticos aliados.
Outra falha no seu governo foi não ter conseguido montar uma equipe técnica com agilidade de fazer projetos para viabilizar as obras, que tiveram recursos liberados pelos parlamentares.
E, o principal: um governante tem de exercer a sua autoridade. General fraco, exército fraco, diz o ditado. Todo segundo mandato é mais complicado, um mar revolto; ou o governante flutua nas boas práticas ou afunda na mediocridade. Maktub!
NOMES COTADOS
ENTRE OS NOMES mais citados nos meios palacianos para continuarem na frente das suas pastas, são o do Diretor-Geral do DERACRE; Petrônio Antunes, do secretário de Segurança, Coronel Paulo César; e do secretário e Educação, Aberson Carvalho. É o que dizem.
NÃO ESTAVA NO PLANO
ESTAVA em todos as listas dos candidatos com chance de eleição. Foi a derrota mais surpreendente. Mas, o deputado José Bestene (PP) não perdeu só o mandato, mas a chance de vir a disputar a presidência da ALEAC.
VISIVELMENTE CONSTRANGIDO
O SENADOR Sérgio Petecão (PSD) disse ao BLOG que não vai procurar o prefeito Bocalom para pedir nada. “Pode demitir quem quiser, não vou ligar e nem vou na PMRB, vou ficar na minha”, disse um constrangido Petecão.
CONTRA O SISTEMA
NINGUÉM chegou nem perto de enfrentar os cancelamentos, achincalhamentos, que sofreu a ex-candidata ao Senado, Márcia Bittar (PL). Ainda assim, manteve a altivez e ainda teve 41 mil votos contra o sistema. A Márcia foi sim, uma guerreira na campanha.
MAIOR LIDERANÇA DA OPOSIÇÃO
O EX-SENADOR Jorge Viana (PT) foi derrotado de capote pelo governador Gladson; mas saiu ainda da disputa, como a maior liderança da oposição, com 103 mil votos. Os demais candidatos da oposição ficaram bem longe.
NÃO É DONO DE VOTOS
O PRESIDENTE do PSDB, Correinha, disse ontem ao BLOG que nenhum candidato a deputado federal do partido pode falar que não recebeu recursos para a campanha. “O Minoru, por exemplo, recebeu até antecipado. Eles é que tinham que ir atrás de votos para se eleger, eu não sou dono de voto, não tenho culpa pela derrota de ninguém”, falou o Correinha com ironia.
TEMPO DE CARESTIA
COM a diminuição nacional da bancada federal do PSDB, na próxima eleição vai diminuir o Fundo Eleitoral, quero ver se com pouco dinheiro, os que reclamam vão continuar no PSDB, enfatizou o presidente Correinha.
OLHAR PARA O UMBIGO
NÃO vejo nenhuma culpa do presidente Correinha se o Minoru Kinpara (PSDB) não se elegeu deputado federal. Recursos fartos teve, só não teve foi votos, ora bolas!
OLHO GRANDE
O PT poderia ter hoje um Jorge Viana deputado federal e um Marcus Alexandre deputado estadual, mas cresceu o olho no governo, e ao final nem mel e nem cabaça.
JÁ SÃO GOVERNISTAS
O DEPUTADO Luiz Tchê (PDT) não pode nem usar a bancada de quatro deputado do PDT, para justificar vir a ser o presidente da ALEAC. Ele próprio diz que em governo algum o PDT foi tão beneficiado como no atual.
ESPERANDO VISITAS SENTADO
O SENADOR Sérgio Petecão (PSD) diz que vai esperar sentado no seu gabinete em Brasilía a visita de alguns prefeitos em busca de emendas par lamentares.
NENHUM ELEITO
OS VOTOS do Alto Acre não elegeram um deputado estadual. Quem tinha base em Brasiléia e ganhou, como Maria Antônia (PP) e Tadeu Hassem (REPUBLICANOS), tiveram que completar as votações fora para serem eleitos. Força mesmo quem mostrou foi o prefeito de Sena Madureira, Mazinho Serafim, que elegeu o seu candidato a estadual Gilberto Lira só com votos de Sena.
SEMPRE ELOGIADO
SEM NENHUM escândalo na gestão, quem vem cumprindo um bom mandato, segundo informações até dos seus adversários, é o prefeito de Epitaciolândia, Sérgio Lopes que, se manter a mesma pegada, ele chegará bem para disputar a reeleição.
O GIGANTE ENCOLHEU
DOS três deputados estaduais que elegeu na atual legislatura, o MDB terá apenas um deputado na próxima composição da ALEAC. E, não fez um federal. O gigante encolheu.
SE NÃO QUISER CONFUSÃO
CASO o Gladson não queira ver a fragmentação da sua base eleitoral com várias candidaturas a prefeito da capital, daqui dois anos; trate de ir preparando um nome de consenso a partir de agora.
QUEM MELHOR DEFINIU
A frase que melhor definiu a eleição que passou, escutei de um candidato a deputado estadual derrotado: “Os meus adversários tinham mais grana que eu para comprar votos.” Não pensem que a frase é uma ironia, retrata uma infeliz realidade.
É UM ESCÁRNIO
Quando um deputado eleito que teve uma campanha milionária declara que gastou menos de 10 mil reais, ele faz escárnio com a realidade e com a justiça eleitoral.
FRASE MARCANTE
“Se a fortuna não vem ao teu encontro, não é no cavalo a galope que a pegarás”. Ditado sérvio.