Alan de Souza Lima, Juan Correa de Arruda, Marcileudo Costa do Nascimento, Marduqueu Gomes Fernandes, Érick Antônio Correa da Silva e Benedito Tavares de Souza, passaram à condição de réu no processo que apura a execução do cabo eleitoral Levi Freitas de Andrade Paulino, de 38 anos, assassinado em 2020 no bairro Hélio Melo, em Rio Branco, enquanto era coordenador da campanha de Minoru Kinpara à prefeitura da capital acreana.
A decisão é da juíza Luana Cláudia de Albuquerque Campos, da 1ª Vara do Tribunal do Júri, que aceitou a denúncia do Ministério Público do Estado contra o sexteto que deve responder por homicídio qualificado, corrupção de menores e participação em organização criminosa. Ao receber a denúncia, a magistrada disse que a materialidade do crime já está demonstrada pelo laudo de exame cadavérico, enquanto que os indícios de autoria constam nos depoimentos de testemunhas, e que as provas apresentadas são consistentes.
O crime, segundo o inquérito instaurado na Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), ocorreu na tarde do dia 22 de outubro de 2020, na casa da vítima, que era presidente da Associação de Moradores. Os acusados achavam que Levi tinha dinheiro em sua casa, que vivia sempre cheia de pessoas.
A ideia dos assaltantes era sequestrar o líder comunitário e exigir um resgate. Durante as investigações, a polícia descobriu que todo o plano do sequestro tinha sido elaborado por Benedito Tavares de Souza, que era amigo íntimo de Levi Freitas, e que no dia do ocorrido o grupo havia roubado o automóvel usado na ação criminosa. Todos acabaram presos e agora aguardam a audiência de instrução e julgamento para saber se irão ou não ser julgados pelo Tribunal do Júri.